Estudantes podem pagar parcelas do FIES com Auxílio Brasil? Entenda

O Fies é uma alternativa para quem quer cursar graduação superior em universidade privada, mas não tem toda a grana para as mensalidades. Por meio dele, é possível obter financiamento com juros zero. Porém, mesmo assim, há quem não consiga pagar as prestações e acabe acumulando dívida. Quem recebe o Auxílio Brasil pode usar o dinheiro para quitar o débito?

Em primeiro lugar, vale ressaltar que o Auxílio Brasil é um programa de transferência de renda destinado às pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica, assim consideradas aquelas na linha da pobreza e da pobreza extrema, com renda mensal por pessoa de até R$ 210.

Em outubro, mais de 21 milhões de famílias vão receber a ajuda financeira, que atualmente é de, pelo menos, R$ 600,00. O auxílio foi instituido pela Lei nº 14.284/2021 e ela não especifica como o benefício deve ser gasto.

Porém, a maioria das famílias utiliza o dinheiro para colocar comida na mesa. Três em cada quatro pessoas (76%) usam o Auxílio Brasil no mercado, conforme pesquisa divulgada pelo Datafolha no final de setembro. Veja abaixo outras formas de utilização:

• 11% usam para pagar contas;
• 6% com a compra de remédios;
• 2% gastam com gás de cozinha; e
• 5% com outros intens.

Alguns dos objetivos do programa são "estimular crianças, adolescentes e jovens a terem desempenho científico e tecnológico de excelência" e estimular a emancipação, principalmente por meio "da inserção dos adolescentes maiores de 16 anos, dos jovens e dos adultos no mercado de trabalho". Sendo assim, é possível inferir que o Auxílio Brasil pode ser investido para bancar os estudos em universidade.

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Renegociar dívidas do Fies

Até o dia 31 de dezembro de 2022, estudantes podem pedir para renegociar dívidas do Fies. Os descntos podem chegar a 99% do valor consolidado da dívida, incluindo juros e multas. Confira abaixo todas possibilidades, de acordo com o tempo de atraso do pagamento:

Atraso de mais de 360 dias

• Desconto de 99% no valor consolidado da dívida, inclusos juros e multas, para inscritos no CadÚnico ou que tenham recebido auxílio emergencial em 2021, cuja data da última prestação prevista em contrato esteja em atraso superior a cinco anos. Saldo remanescente pode ser amortizado em 15 parcelas mensais e sucessivas;
• Desconto de 92% no valor consolidado da dívida, para inscritos no CadÚnico ou que tenham recebido auxílio emergencial em 2021. Saldo remanescente também pode ser amortizado em 15 prestações;
• Desconto de 77% no valor consolidado da dívida nos demais casos. Saldo também pode ser amortizado em 15 meses.

Contratos com atraso entre 90 e 360 dias

• Desconto de 12% no valor principal da dívida e redução de 100% em juros e multas, para pagamento à vista;
• Possibilidade de parcelamento do valor principal da dívida em até 150 meses, com isenção de juros e multas.

Para estudantes adimplentes com o Fies, é fornecido desconto de 12% no valor consolidado da dívida, para pagamento à vista. O pedido de renegociação deve ser feito diretamente ao banco no qual obteve o financiamento estudantil. Quem contratou na Caixa Econômica Federal pode pedir pelo aplicativo Fies Caixa.

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Por meio do app, o interessado poderá verificar se seu contrato está apto para renegociação, simular as opções e aderir às condições mais adequadas ao seu perfil. Ao abrir o aplicativo, basta escolher a opção "Renegociação FIES" e seguir os passos abaixo:

• Verificar se o contrato está apto para renegociação;
• Conferir os dados do contrato;
• Simular os tipos de renegociação disponíveis;
• Confirmar os dados da renegociação;
• Aceitar o termo aditivo e aderir à renegociação;
• Emitir o boleto de entrada.

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Jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, especialista em produção estratégica de conteúdo. Com mais de 10 anos de atuação na área, acumula experiência em redação de jornal online e assessoria de imprensa. Em 2018, quando atuava na agência FSB Comunicação, recebeu com sua equipe o prêmio internacional de melhor campanha em mídia social da América Latina, concedido pelo grupo Holmes Report. Também é advogada. No JC, escreve para as editorias de Sociedade e Concursos.