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Governo e apps de transporte firmam acordo histórico para garantir direitos aos motoristas

Acordo abrange especificamente os aplicativos de 'quatro rodas', deixando de fora os 'apps de entregas'. Motoristas de aplicativos terão garantida uma remuneração mínima

Motoristas de aplicativos terão garantida uma remuneração mínima
Motoristas de aplicativos terão garantida uma remuneração mínima - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 28/02/2024, às 22h03

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Após dez meses de intensas negociações, o governo e aplicativos de transporte, como Uber e 99, chegaram a um acordo histórico para garantir remuneração mínima e contribuição previdenciária para os motoristas.

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O consenso foi alcançado e um projeto de lei será enviado ao Congresso Nacional, com previsão de anúncio oficial na próxima segunda-feira (4), em uma cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com fontes do governo e do setor privado.

Este acordo abrange especificamente os aplicativos de 'quatro rodas', deixando de fora os 'apps de entregas', como iFood e Rappi, entre outros. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, já havia antecipado a estratégia de 'fatiar' a regulamentação em dois projetos de lei, adaptados para cada tipo de aplicativo, considerando o ritmo diferenciado das negociações.

Motoristas de aplicativos terão garantida uma remuneração mínima

Segundo o acordo, a remuneração mínima e a contribuição ao INSS dos motoristas serão baseadas no salário mínimo de R$ 1.412 em 2024. Não haverá um vínculo formal de trabalho, mas os motoristas de aplicativos terão garantida uma remuneração mínima de R$ 8,02 por hora trabalhada. As empresas arcarão com uma alíquota de 20% ao INSS, enquanto os trabalhadores contribuirão com 7,5% adicionais.

Essas alíquotas incidirão sobre o "salário de contribuição", que corresponde a 25% do valor efetivamente recebido pelos motoristas. Este modelo proporciona previsibilidade e segurança jurídica para ambas as partes, evitando incertezas legais como as vivenciadas anteriormente.

Politicamente, o acordo pode ser visto como um cuidado com os trabalhadores autônomos, oferecendo proteção previdenciária à categoria. Reflete um esforço para evitar situações como a ocorrida em setembro de 2023, quando um juiz determinou que a Uber contratasse todos os motoristas cadastrados no aplicativo, resultando em incertezas e desafios legais.

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