Os caminhoneiros voltaram a criticar as medidas anunciadas pelo governo federal para conter a alta dos combustíveis; categoria fala em possível greve
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 14/06/2022, às 14h58
Os caminhoneiros voltaram a criticar o governo federal em relação às medidas anunciadas para conter a alta dos combustíveis. Segundo publicação do Estadão, a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) avalia que a aprovação da medida no Senado que fixa a cobrança em 17% do ICMS pelos Estados é temporária e pode não produzir redução do preço na bomba.
A Abrava também responsabiliza o ministro da Economia, Paulo Guedes, pelo preço dos combustíveis, além de afirmar que o governo falhou em não adotar medidas que pudessem ter efeito a longo prazo.
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Segundo a Abrava, o governo se “acomodou e por ironia do destino o ministro apelidado de posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema, é o grande culpado deste caos, e hoje chegamos neste ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de combustível”.
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Além de concordar com os especialistas que afirmam que o problema possui soluções, "mas está claro que essa não é a prioridade, o que vemos é um governo desesperado.”
A entidade criticou a política de preços aplicada pela Petrobras, ao se basear na variação internacional do preço do petróleo para estipular a tabela de preço no Brasil. A categoria também acredita que o governo está tentando ganhar tempo, já que está apenas preocupado com as eleições que acontecem em outubro.
A associação ainda diz que “de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, sem a garantia que o caminhoneiro autônomo tenha suas despesas de viagem integralmente ressarcidas, a categoria vai parar. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável e não demora muito”.
De acordo com o presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão Caminhoneiro, o cenário é mais preocupante para os profissionais autônomos, os que atuam prestando serviço e não estão vinculados a uma empresa. Neste caso, esses profissionais não conseguem repassar os custos de combustíveis para o frete, já que o preço não é fixado por eles.
“O caminhoneiro autônomo, ou seja, uma simples pessoa física, por não ter a chance de participar das negociações dos fretes entre empresas de transporte e embarcadores, e de não participar das negociações entre compradores e vendedores de mercadorias, acaba ficando refém dessas negociações, além de não ter sozinho força suficiente para interferir nesses contratos, quase todos, de caráter sigiloso.", disse Chorão Caminhoneiro ao Estadão.
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