Os servidores da CGU pedem um reajuste salarial na casa dos 40% para repor as perdas inflacionárias dos últimos anos. Enquanto que os servidores do Tesouro pedem um aumento de quase 20%
Além dos colaboradores que atuam no Banco Central (BC ou Bacen), os servidores federais da CGU (Controladoria-Geral da União) e do Tesouro Nacional fazem novas paralisações para pedir reajustes salariais. Inclusive, os funcionários da CGU fazem greve hoje (06), enquanto que os trabalhadores do Tesouro, que já pararam nos dias 01 e 05 de abril, agendaram uma nova paralisação no dia 13.
Ambas paralisações foram aprovadas em assembleias das duas categorias. No caso do Tesouro, os servidores já estão em esquema padrão de operação-padrão desde a semana passada. Com isso, a divulgação de estatísticas e de pareceres está sendo atrasada, mas os leilões de títulos públicos e as operações de transferência da União para estados e municípios continuam sendo feitos.
De acordo com os sindicatos que representam os servidores da CGU, as perdas salariais chegarão a 40% no fim de 2022, se a categoria não tiver reajuste baseado na reposição da inflação.
Já os funcionários do Tesouro pedem um reajuste mínimo de 19,9% para todo o órgão e rejeitam a reestruturação de carreiras em somente alguns setores. Eles ainda informam que pretendem fazer mais paralisações semanais até conseguir negociar com o governo federal. Apesar do cruzamento de braços em alguns dias, os servidores relatam que ainda não sabem se vão entrar em greve.
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Na semana passada, o secretário do Tesouro, Paulo Valle, disse que o reajuste do funcionalismo federal será definido até junho. O prazo para conceder aumentos acima da inflação acabou no dia 02, por causa da lei eleitoral, que proíbe reajustes superiores à inflação até seis meses antes das eleições.
Ainda existe a possibilidade de reposição das perdas com a inflação até 30 de junho. O prazo é determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe a concessão de reajustes nominais nos últimos seis meses de mandato. Nas últimas semanas, o governo tem discutido a possibilidade de conceder um aumento linear de até 5% para todos os servidores do Poder Executivo Federal.
Em contato da Agência Brasil, o Ministério da Economia e a CGU informaram que não vão se manifestar sobre as paralisações.
*com informações da Agência Brasil
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