Além da alteração da meta de inflação, Haddad comentou sobre uma eventual redução na taxa básica de juros, a Selic
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relatou que a alteração da meta de inflação, durante a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), agendada para a próxima quinta-feira (16), não está em pauta.
“Existe uma coisa chamada Comoc [Comissão Técnica da Moeda e do Crédito], que define a pauta do CMN”, comentou o ministro para a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda.
Responsável por tomar decisões sobre crédito, meta de inflação e regulações de instituições financeiras, o Conselho Monetário Nacional (CMN) é composto pelo ministro da Fazenda, pela ministra do Planejamento Simone Tebet e pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
Para o ano de 2023, a meta oficial de inflação está estabelecida em 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
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O ministro reiterou as declarações recentes de que a taxa de juros básica atual, a Selic, de 13,75% ao ano, está prejudicando o crescimento econômico e aumentando o déficit nominal do governo. “Temos que buscar harmonizar o fiscal [as contas públicas] e o monetário [a política de juros do Banco Central]”, declarou.
Haddad mencionou que assistiu à entrevista do presidente do Banco Central para o programa Roda Vida da TV Cultura, ontem (13). O ministro afirmou que Campos Neto reconheceu a eficácia das medidas fiscais apresentadas pelo Ministério da Fazenda até o momento, as quais seguem a direção adequada e podem aliviar as pressões sobre os juros. Essa situação poderia resultar em possíveis cortes antes do final do ano.
“Nós obtivemos o reconhecimento ontem na entrevista do presidente do Banco Central de que as medidas que estão sendo tomadas estão na direção correta. Isso é muito importante para nós, obter esse reconhecimento”, declarou.
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Haddad afirmou que os resultados fiscais serão benéficos para o Banco Central, permitindo que a taxa Selic retome sua trajetória de queda. No entanto, ele ressaltou que os juros atuais, a partir dos quais a queda se iniciará, ainda estão em patamares elevados.
Segundo o ministro, uma vez que os resultados fiscais se materializem - o que ele acredita que acontecerá - a autoridade monetária poderá concluir que a taxa de juros vigente compromete os objetivos do país.
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