Segundo mercado financeiro, a economia segue recuando e principais índices apontam para inflação Brasil nas alturas, PIB baixo e juros acima de dois dígitos
Ricardo de Oliveira - jrloliveira@jcconcursos.com.br
Publicado em 07/02/2022, às 11h53 - Atualizado às 11h55
A previsão não é das melhores para o Brasil em 2022. Segundo economistas e os principais índices econômicos que balizam o mercado financeiro, teremos a tempestade perfeita que prejudica ainda mais a retomada de empregos: inflação em alta no Brasil, juros nas alturas e PIB a quase zero, beirando a recessão técnica.
O último Boletim Focus, divulgado hoje (7), em Brasília, pelo Banco Central, aponta que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2022 em 5,44%. Com isso, apresenta pela quarta vez seguida uma alta da inflação para 2022.
Poucos dias atrás o mesmo índice apontava 5,38% de inflação e, há quatro semana, 5,03%. Ou seja, estamos em uma tendência de alta, ainda sim com um segundo semestre que promete ser turbulento devido as eleições 2022 para presidente e governadores estaduais.
Mesmo com o cenário Brasil ruim para 2022, a previsão segue moderada (e em queda) para o próximo ano. Analistas mantiveram a expectativa da semana passada em relação ao IPCA, com uma inflação de 3,50%. O mesmo cálculo foi feito semanas antes, que apontava 3,40% no próximo ano, ou seja, um recuo de 0,1% em poucos dia. Para 2024, a projeção é a mesma das últimas semanas: 3%.
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Para os economistas, a Selic se manteve estável pela quarta vez em relação ao divulgado na semana passada, com previsão de 11,75% até o final de 2022. Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) já havia aumentado a taxa de juros de 9,25% para 10,75% ao ano, uma decisão era esperada por analistas financeiros. Contudo, o mercado ainda segue precificando uma nova alta para a próxima reunião.
Para 2023, a estimativa do mercado é de recuar até os 8% ao ano e, em 2024, a SELIC deve alcançar os 7% ao ano, cálculo que repete o das últimas previsões.
Desde 2017 que a taxa de juros Selic não alcança patamares tão altos, quando girava em 10,25% ao ano. Esse foi o oitavo reajuste consecutivo na taxa Selic. Em comunicado, o Copom indicou que continuará elevando os juros básicos até que a inflação esteja controlada no médio prazo.
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