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Lula defende taxação dos super-ricos: O que está em jogo?

Em participação no programa Conversa com o Presidente, nesta terça-feira (28) Lula defendeu taxação dos super-ricos e contribuição do IR mais justa

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante programa Conversa com o Presidente
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante programa Conversa com o Presidente - Agência Brasil
Jean Albuquerque

Jean Albuquerque

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 29/08/2023, às 14h54

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), submeteu nesta segunda-feira (28) uma Medida Provisória (MP) ao Congresso Nacional que propõe a taxação de fundos de super-ricos e do capital aplicado em empresas no exterior

Em participação no programa semanal "Conversa com o Presidente", transmitido pelo Canal Gov, nesta terça-feira (29), Lula justificou que a medida é justa e sentada. Além disso, afirmou que o estado de bem-estar social comum em países da Europa só existe porque há contribuição mais justa do pagamento de imposto de renda. 

O chefe do executivo nacional espera que os parlamentares possam aprovar os textos enviados para que seja possível proteger os mais pobres. “Aqui no Brasil, quem paga mais é o mais pobre. O mais pobre paga mais imposto de renda do que o dono do banco, porque só desconta mesmo de quem vive de salário", defende.

"As pessoas que vivem de rendimento, as pessoas que recebem lucro no final do ano, terminam não pagando imposto de renda. Então, o que nós fizemos é uma coisa justa, sensata, que eu espero que o Congresso Nacional, de forma madura, ao invés de proteger os mais ricos, proteja os mais pobres”, argumenta Lula. 

Sobre o assunto, o presidente ainda destacou que o país precisa de uma sociedade mais democrática e igual. “Queremos criar uma sociedade de padrão de classe média, onde todos possam ter emprego, todos possam trabalhar, todos possam estudar, todos possam passear, todos possam ter acesso à cultura, ou seja, as pessoas viverem mais dignamente”, acrescentou.

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Aumento da faixa de isenção do IR e novo salário mínimo 

O presidente sancionou uma legislação com duas importantes mudanças em termos financeiros. Uma delas amplia a faixa de isenção na tabela do Imposto de Renda para aqueles que têm renda mensal de até R$ 2.640. 

O governo almeja, com isso, estender a isenção do imposto de renda até atingir os indivíduos que ganham até R$ 5 mil, tendo em vista um objetivo maior de equidade. O presidente destacou que já foi percorrido um caminho considerável nesse sentido. Ele enfatizou as disparidades em que algumas pessoas de altos rendimentos pagam proporcionalmente pouco, enquanto outras com rendimentos mais modestos pagam mais.

Além disso, uma segunda legislação sancionada eleva o salário mínimo para R$ 1.320. O presidente sustenta que valorizar o salário mínimo é fundamental para a distribuição de riqueza no país. 

Ele expressa a convicção de que, à medida que a economia cresça, esse progresso será partilhado com a população trabalhadora. Essa abordagem, segundo ele, é crucial para a nação caminhar em direção à distribuição de riqueza e a uma melhoria na qualidade de vida dos cidadãos.

A nova lei também estabelece a política de valorização do salário mínimo, determinando que haverá um aumento real condizente com a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB). 

O PIB é a soma dos bens e serviços produzidos no país, dos dois anos anteriores à vigência do novo valor. Essa política entrará em vigor a partir de 2024, quando se prevê que o salário mínimo alcance R$ 1.461. (Veja abaixo entrevista na íntegra)

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