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Lula exonera primo de torturador homenageado por Bolsonaro e mais 55 militares ligados à presidência

A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça. A maior parte dos servidores dispensados trabalhavam em cargos ligados à presidência

Ustra foi o primeiro militar a ser condenado por um crime na ditadura. Lula exonerou o primo dele e mais 55 militares
Ustra foi o primeiro militar a ser condenado por um crime na ditadura. Lula exonerou o primo dele e mais 55 militares - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 17/01/2023, às 19h06 - Atualizado às 20h18

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O presidente Lula exonerou 56 militares de cargos ligados à presidência nesta terça-feira (17). A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). A maior parte dos servidores dispensados trabalhavam em cargos da Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada e da Coordenação-Geral de Administração das Residências Oficiais, que são ligadas à Secretaria-Geral do Executivo.

As exonerações foram feitas após os ataques golpistas aos Três Poderes no domingo (8) em Brasília. Lula chegou a reclamar da passividade do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e dos militares que deveriam ter ajudado de forma mais ativa a contenção dos vândalos bolsonaristas.

Entre os militares dispensados está o tenente-coronel Marcelo Ustra Silva Soares, primo do torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, a quem Bolsonaro homenageia ao votar a favor do impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Marcelo Ustra trabalhava na coordenação geral de operações de segurança presidencial, órgão ligado ao GSI.

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Considerado por Bolsonaro como um “herói nacional”, Brilhante Ustra foi o primeiro militar a ser condenado por um crime cometido durante a ditadura. Em 2008, o juiz Gustavo Santini Teodoro condenou o coronel por tortura e sequestro na década de 1970. Testemunhas durante o julgamento disseram que Ustra participava e comandava pessoalmente cada sessão de tortura.

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) documentou o assassinato e desaparecimento de 45 pessoas presas no DOI-Codi enquanto Ustra dirigia o centro de repressão. Ao menos 502 casos de tortura foram descobertos nos porões do local.

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