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Mais pobres com menos acesso ao crédito em março, revela estudo

Pesquisa realizada pela CNC para cálculo do indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) aponta para menor acesso ao crédito dos mais podres

Homem segura notas de dinheiro
Homem segura notas de dinheiro - Agência Brasil - Acesso ao crédito
Jean Albuquerque

Jean Albuquerque

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 21/03/2023, às 16h31

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Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para cálculo do indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em março, apontou que os mais pobres estão com menos acesso ao crédito

Os consumidores entrevistados classificaram como "mais difícil" conseguir crédito neste mês, o que representa 37% das respostas. Esse percentual é o maior desde dezembro do ano passado, que registrou 37,7%. Economista da CNC, Izis Ferreira, ouvida pelo Valor explica que as famílias de menor renda tiveram acesso mais restrito ao crédito. 

Entre os consumidores com renda de até dez salários mínimos, essa resposta chegou a 39% em março, maior patamar desde dezembro de 2022 (40,1%). Por outro lado, 26,7% dos que estavam na faixa de renda de março com renda de mais de 10 salários mínimos, classificados como de acesso "mais difícil" ao crédito. A resposta “facilidade de acesso ao crédito” atingiu 36% dessa faixa de renda, que inclui os de maior poder aquisitivo.

Para Ferreira, o ambiente recente de juros altos, inflação recorrente e diminuição da renda vinda do trabalho, faz com que os mais pobres tenha menos margem para cumprir com as obrigações financeiras. Também sobre o assunto, a economista afirmou que os bancos preferem direcionar a oferta de crédito para a população de alta renda. 

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Intenção de consumo aumenta entre maior renda

O indicador ICF de março aponta que a menor disponibilidade de crédito para as famílias de baixa renda afetou o resultado da pesquisa, que passou de 0,8% para 95,7 pontos, com expansão de 23,7% ante março de 2022. Embora tenha havido aumento, a especialista explica que essa foi a alta mais fraca para o indicador desde março de 2022, que chegou a 0,6%. 

A economista acredita que o menoraumento está relacionado ao menorincentivo ao consumo dos mais pobres, queagora enfrentam restrições de crédito mais rígidas e inibição do consumo. Entre os que ganham dez salários mínimos ou menos, o ICF subiu 0,7% neste mês em relação ao mês anterior.

Embora os consumidores que ganham mais de dez salários mínimos, a intenção de gastos aumentou 2,2% na mesma comparação. Sobre o assunto, a especialista afirmou que "esta é a primeira vez em seis meses que o ICF avança maisentre os mais ricos".

*Com informações do Valor 

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