Especialistas da área de economia apontam que este fenômeno, crescimento de novas empresas abertas, é consequência da retomada econômica pós-covid
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 30/05/2022, às 10h08
Depois de dois anos de pandemia de covid-19, o Brasil inicia a retomada econômica sem restrições de medidas sanitárias. Com esse ambiente, a tendência é a volta do crescimento econômico, mesmo com uma inflação e juros mais altos no primeiro semestre de 2022. Um dos fenômenos que indicam este avanço é o número de novas empresas abertas no país, cujo 1º trimestre teve 1.022.789 milhão de empresas abertas no período.
O número é impressionante dado que o país ainda enfrentava os efeitos de restrição por causa da variante Ômicron. Mas, o maior destaque vai para quantidade de novos MEIs no período, que representa 79% das novas empresas abertas no Brasil.
Em entrevista ao portal G1, o vice-presidente da Contabilizei, Guilherme Soares, destaca que os números devem ser comemorados, pois eles são um indicativo da retomada econômica do país no pós pandemia.
“Mostra o grande potencial dos micro e pequenos empreendedores que representam mais da metade das novas empresas geradas, montante que cresce cada vez mais”, afirma.
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Os dados mostram que o estado de São Paulo é o pólo da quantidade de novas empresas no país, com 300 mil novos empreendimentos. Logo em seguida vem: Minas Gerais (107,6 mil); Rio de Janeiro (86 mil); Paraná (69,6 mil); Rio Grande do Sul (59,6 mil).
A Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP) informou que registrou mais de 213 mil novas empresas desde o início da retomada econômica em agosto de 2021.
Em comparativo ao mesmo período dos anos anteriores, agosto de 2020 a abril de 2021, quando foram registradas 200.691 constituições, o atual momento apresenta um crescimento de 6,19% de novos CNPJs em atividade.
Saúde, educação e comunicação foram alguns dos segmentos que mais abriram empresas. Somente na área da Educação, nos últimos oito meses, foram registradas a abertura de 6.462 empreendimentos contra 5.726, entre agosto de 2020 e abril de 2021, um aumento de 12,8%.
A subsecretária do Ensino Técnico e Profissionalizante da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Natalia Vido, destaca a ação conjunta do setor, que sofreu com o fechamento de escolas, para essa retomada expressiva.
“O aumento registrado nas aberturas de empresas de educação soma ações importantes para esse objetivo comum. O jovem que estuda e aprende novas competências é o jovem preparado para o futuro”, disse.
Outro segmento que cresceu foi o setor de Tecnologia. Rafael Andery, subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, destaca que a pandemia avançou no uso de novas tecnologias: “Um dos reflexos da pandemia da Covid-19 foi a aceleração na transformação digital das empresas. Isso abriu espaço para aqueles negócios que buscam desenvolver e ofertar soluções tecnológicas inovadoras e eficientes”.
O subsecretário reforçou que as novas tecnologias serão fundamentais para que organizações e empresas mantenham-se competitivas nos próximos anos.
*com informações da Agência SP Notícias
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