O emprego na indústria recuou 0,5% em abril, sendo a primeira após uma sequência de altas. Confira os números do setor!
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 03/06/2022, às 12h41
O começo de ano foi animador para o setor da indústria, com o aumento da produtividade e dos empregos. Contudo, o segundo trimestre começa com um sinal de preocupação, pois indica sinais de fadiga. Uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a Indicadores Industriais, aponta que todos os indicadores caíram em abril, inclusive os empregos. Os resultados afetaram negativamente o desempenho do setor.
O desempenho negativo na atividade refletiu-se no mercado de trabalho. O emprego industrial recuou 0,5% em abril na comparação com março. Essa foi a primeira queda após uma sequência de altas. Cujo período começou no segundo semestre de 2020, quando a economia começava a recuperar-se das medidas de distanciamento social da pandemia de covid-19.
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Mesmo com a queda, o nível de emprego na indústria acumula crescimento de 1,6% em relação a abril de 2021.
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As horas trabalhadas na produção caíram 2,2% em abril, o segundo mês consecutivo de queda. O indicador apresentou quatro crescimentos seguidos, de novembro de 2021 a fevereiro de 2022, mas começou a cair em março.
Na comparação com abril do ano passado, o número de horas trabalhadas está 0,2% menor.
A massa salarial também caiu, recuando 0,5% em abril, após cinco meses de alta ou de estabilidade. Em relação a abril de 2021, a massa salarial real mostra crescimento de 0,2%.
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O faturamento real da indústria de transformação recuou 0,6% em abril, praticamente revertendo a alta de 0,7% registrada em março. Em relação a abril do ano passado, a queda chega a 5,8%.
De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a fragilidade atual da indústria revela um cenário de dificuldades econômicas. Do lado da oferta, o setor está sendo pressionado pelo alto custo dos insumos e pelo agravamento da escassez de alguns deles após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia e as recentes medidas de lockdown na China.
Do lado da demanda, os consumidores estão comprando menos por causa da inflação e dos juros altos, que reduz o poder de compra. Segundo a CNI, as quedas observadas em abril revertem os pequenos ganhos do primeiro trimestre.
“A economia brasileira precisa de uma alavanca para atrair investimentos e voltar a crescer, que deveria ser a reforma tributária, mas todos os esforços nesse sentido têm sido frustrados”, afirma Azevedo.
Haja vista que os dados sobre o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revelam que o setor industrial ficou estagnado, com um crescimento de 0,1%.
*com informações da Agência Brasil e CNI
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