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OPEP anuncia corte de produção de petróleo e pode ATRASAR a queda da inflação

Em um dia, o preço do barril de petróleo subiu mais de 6% e deve impactar na inflação brasileira nos próximos meses

OPEP anuncia corte de produção de petróleo e pode ATRASAR a queda da inflação
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Victor Meira

Victor Meira

victor@jcconcursos.com.br

Publicado em 03/04/2023, às 22h12

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Na noite do último domingo (02), a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou a redução da oferta de produção do barril de petróleo em cerca de 1 milhão de barris por dia. A redução começa em maio e deve ir até o fim do ano. 

Este movimento deve provocar um choque de preços no mercado internacional. Nesta segunda-feira (03), o contrato futuro do petróleo Brent com vencimento em junho fechou com alta de 6,31%, a US$ 84,93 o barril, após chegar a subir mais de 8% no início da sessão. O petróleo nos EUA WTI para maio subiu 6,28% a US$ 80,42, depois de atingir o nível mais alto desde o final de janeiro.

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Essa é uma péssima notícia para o Brasil. Basta lembrar que no passado, mais precisamente em abril, a inflação acumulada chegou no patamar de 12,7%, considerada uma das maiores nos últimos sete anos. Parte deste número tão inflado foi consequência do estouro do conflito entre Rússia e Ucrânia que fez o preço do barril de petróleo chegar na casa dos US$ 120. 

Voltando para os dias atuais, no fim de fevereiro, o governo retomou a cobrança de impostos federais sobre a gasolina. Logo no início, os preços cobrados nos postos subiram, mas nas últimas semanas tiveram queda.

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Os levantamentos semanais da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostram que o litro da gasolina custava, em média, R$ 5,08 na semana anterior à volta dos impostos. Duas semanas depois, o preço havia subido para R$ 5,57. Na semana passada, estava em R$ 5,48.

Apesar disso, o preço da gasolina puxou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) para um aumento de 0,69% em março . 

Por sorte, o resultado não foi ainda pior graças ao preço "comportado" do petróleo no mercado internacional, utilizado como referência pela Petrobras na venda de combustíveis às refinarias no Brasil.

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