O novo reajuste nos preços dos combustíveis da Petrobras chegou ao patamar de 14%. Classe política reage a notícia. Confira!
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 17/06/2022, às 14h40
Um novo reajuste anunciado pela Petrobras, nesta sexta-feira (17), provocou uma nova onda de protestos da ala política. Tanto o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), quanto o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se posicionaram contra o aumento nos preços dos combustíveis.
A Petrobras divulgou um aumento de 5,2% e 14,2% nos preços da gasolina e do diesel, respectivamente. Os novos valores já serão aplicados amanhã mesmo (18).
Com isso, a estatal indicou que o preço médio da venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Vale lembrar que o último reajuste foi realizado no início de março.
O preço médio do diesel nas distribuidoras será de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O último reajuste ocorreu no dia 10 de maio.
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Por outro lado, o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, não sofreu nenhum reajuste.
A Petrobras divulgou, em nota, uma explicação para o aumento nos preços dos combustíveis. A estatal explicou que está buscando o equilíbrio dos seus preços com o mercado global. Para isso, a empresa não está aplicando repasse imediato nos preços do mercado internacional do petróleo, por causa da volatilidade e da taxa de câmbio.
"Esse posicionamento permitiu à Petrobras manter preços de GLP estáveis por até 152 dias; de diesel por até 84 dias; e de gasolina por até 99 dias. Esta prática não é comum a outros fornecedores que atuam no mercado brasileiro que ajustam seus preços com maior frequência, tampouco as maiores empresas internacionais que ajustam seus preços até diariamente".
No Twitter, Bolsonaro fez duras críticas à Petrobras pelo novo reajuste. "O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobras em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais", postou o presidente.
Na mesma linha, ele relembrou da greve de caminhoneiros em 2018, por causa do preço dos combustíveis. "A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo".
- O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobrás em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 17, 2022
Lira também criticou o reajuste nos preços dos combustíveis e pediu a renúncia imediata do presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho. "O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente", tuitou Lira. "Ele só representa a si mesmo e o que faz deixará um legado de destruição para a empresa, para o país e para o povo. Saia!!!"
O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente. Não por vontade pessoal minha, mas porque não representa o acionista majoritário da empresa - o Brasil - e, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) June 17, 2022
Inclusive, segundo a informação do jornalista Lauro Jardim do O Globo, Lira ameaçou abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para avaliar o aumento nos preços dos combustíveis. Além disso, o deputado alagoano planeja dobrar a tributação da Petrobras.
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