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Petrobras envia ofício para Bolsonaro e alerta sobre falta de combustível

Além do combustível mais alto, o Brasil pode ter falta de diesel devido a escassez do recurso no mercado internacional

Bomba combustível
Bomba combustível - Freepik

Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 27/05/2022, às 10h40

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Antes de ser demitido, o ex-presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, teria avisado ao Ministério de Minas e Energia sobre a possibilidade de falta diesel no Brasil. A informação foi divulgada, inicialmente, pela agência de notícias Reuters. 

Inclusive, a agência informa que a estatal teria enviado um ofício ao governo para tratar sobre um eventual cenário de desabastecimento de combustível em plena época de colheita da soja no segundo semestre. Isso seria um risco, caso a Petrobras não vendesse o diesel pelo preço de mercado, que é comercializado no mundo. 

A reportagem ainda aponta que a petrolífera alertou sobre as dificuldades de garantir o diesel em meio a redução dos estoques mundiais, que foram fortemente afetados pela Guerra na Ucrânia. 

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Com este cenário, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgou uma nota, na última terça-feira (24), registrando a mesma preocupação. Os petroleiros disseram que "o Brasil corre o risco de desabastecimento de óleo diesel no início do segundo semestre deste ano, em função da prevista escassez de oferta no mercado internacional e do baixo nível dos estoques mundiais".

Apesar do Brasil se declarar autossuficiente do petróleo, uma vez que ele produz mais do que importa a commodity energética, o país ainda depende de produtos importados. Essa situação ocorre porque o tipo de petróleo extraído e a incapacidade de refino no Brasil faz que seja necessário comprar tanto óleo cur quanto derivados como a gasolina e o diesel. 

De acordo com a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), em 2021, o Brasil importou cerca de 14,4 milhões de metros cúbicos de diesel A (puro, sem biodiesel), volume 20,4% maior do que no ano anterior. Este resultado é considerado o maior da história do Brasil. 

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Outro dado da ANP que revela dependência brasileira do mercado internacional de petróleo é a origem do diesel, cuja presença estrangeira do combustível passou de  20,9% em 2020 para 23,2% em 2021.

Com a adoção do PPI (Preço de Paridade Importação), o Brasil deve praticar os mesmos preços do mercado internacional. Com isso, as oscilações do petróleo devem ser aplicadas no país, mesmo com preços mais altos ou baixos. 

Diante da forte recuperação pós-covid e a Guerra na Ucrânia, os preços no mercado internacional dispararam em 2022. Somente neste ano, o preço do barril de petróleo tipo Brent, referência global para negociações, disparou 52%.

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