A Polícia Federal (PF) anunciou que irá suspender temporariamente, o registro de armas de fogo em protesto contra o reajuste linear proposto pelo governo
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 19/05/2022, às 18h23
Os delegados da Polícia Federal (PF) anunciaram que irão suspender temporariamente, segundo publicação do Valor Econômico, as análises de aquisição, registro e porte de armas de fogo. Saiba mais detalhes.
A decisão é tomada para demonstrar a insatisfação com a proposta de reajuste que vem sendo apreciada pelo governo federal para os servidores públicos. A categoria, assim como outros servidores reivindicam o aumento de salários para suprir as perdas inflacionárias com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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A flexibilização do acesso da população brasileira a armas é uma das bandeiras do atual presidente. A relação com a segurança pública -- que costuma ser considerada a base de apoio do presidente -- tem se desgastado devido à não sinalização do reajuste que possa recompor o salário levando em consideração a inflação.
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A Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) disse em nota que a mobilização irá continuar, além de que a categoria seguirá "cobrando o presidente da República para que ele cumpra a sua promessa de viabilizar a reestruturação".
O governo fala apenas em reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo público. Bolsonaro havia sinalizado que usaria a reserva orçamentária de R$ 1,7 bilhão, que foi aprovada pelo Congresso, para aumentar os subsídios só dos servidores da segurança pública. Segundo a ADPF, mediante decisão em assembleia, os serviços da segurança pública seguirão normalmente, mas os administrativos, como o das armas de fogo, poderão sofrer impacto com atrasos ou suspensão temporária.
Os profissionais do judiciário também manifestaram insatisfação com a possibilidade de reajuste de apenas 5%. Eles tentaram uma nova reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, para apresentar seu caso. Thiago Gonçalves, coordenador da Justiça Federal e do Ministério Público Federal (Fenajufe), da Confederação Nacional dos Trabalhadores (Fenajufe), disse que 5% não cobririam nem a inflação em 2022, muito menos desde 2019.
No entanto, Fux manifestou formalmente à Justiça Cível o interesse do judiciário em uma revisão completa. Segundo o presidente do STF, um reajuste linear de 5% aos servidores ativos custaria R$ 827 milhões de reais, levando em conta o prazo de validade de julho.
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