Descubra por que o Brasil adotou a monarquia após a independência e entenda como funcionou o império brasileiro.

Sim! Entre 1822 e 1889, o Brasil foi uma monarquia constitucional hereditária. Governado inicialmente por Dom Pedro I e depois por Dom Pedro II, o país seguiu um modelo diferente do restante da América Latina, que optou por repúblicas logo após a independência.
Após a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808, o país ganhou status de Reino Unido a Portugal e Algarves. Com o retorno de Dom João VI a Lisboa em 1821, deixou seu filho Dom Pedro como príncipe regente. Pressionado pelas Cortes portuguesas a retornar, Dom Pedro recusou e declarou a independência em 7 de setembro de 1822. Pouco tempo depois, foi coroado imperador.
A criação de uma monarquia no Brasil foi uma forma de manter a unidade territorial e evitar conflitos como os vividos em países vizinhos. A centralização do poder permitia maior controle sobre províncias distantes e garantia estabilidade em um momento delicado da história nacional.
O Império do Brasil tinha um modelo constitucional. A Constituição de 1824 introduziu o Poder Moderador, exclusivo do imperador, que permitia interferência direta em assuntos dos demais poderes. Havia eleições, mas com restrições de renda e voto censitário. O imperador também era chefe das Forças Armadas e da Igreja.
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Apesar da relativa estabilidade durante o reinado de Dom Pedro II, o modelo monárquico começou a ser questionado por militares, republicanos e abolicionistas. Em 15 de novembro de 1889, um golpe militar liderado por Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República e exilou a família imperial.
- O Brasil foi o único país da América a ter um imperador coroado oficialmente.
- A monarquia brasileira durou 67 anos.
- Dom Pedro I abdicou em favor de seu filho com apenas 5 anos de idade.
- Dom Pedro II governou o Brasil por quase 50 anos, sendo um dos monarcas mais longevos da história latino-americana.
A história do Brasil monárquico é marcada por contrastes: um império em meio a repúblicas vizinhas, uma constituição avançada para a época, mas com limitações democráticas. Entender esse período ajuda a compreender as raízes da nossa organização política e a evolução das instituições brasileiras.
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