Apagão de energia no Brasil na manhã desta terça (15) afetou várias cidades de 25 estados e o Distrito Federal; Privatização da Eletrobras tem relação?
Durante a manhã desta terça-feira (15), o apagão de energia no Brasil resultou em diversas interrupções no fornecimento em várias cidades de 25 estados e no Distrito Federal, abrangendo todas as cinco regiões do Brasil.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) esclareceu que o incidente foi motivado por uma ação controlada. De acordo com o ONS, uma "ocorrência" registrada às 8h31 resultou em uma "separação elétrica" no sistema interligado entre as regiões Norte e Nordeste em relação às regiões Sul e Sudeste.
Anteriormente, o ONS confirmou que houve uma "ocorrência na rede de operação do Sistema Interligado Nacional, interrompendo 16 mil MW de carga em estados do Norte e Nordeste do Brasil", afetando também estados do Sudeste.
Por volta das 10h45, o ONS comunicou que a normalização do fornecimento de energia já havia sido alcançada nas regiões Sul e Sudeste do país. A região Centro-Oeste retomou sua estabilidade energética às 10h22, enquanto, até aquele momento, aproximadamente 30% da capacidade no Norte e 73% no Nordeste haviam sido restaurados.
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As ocorrências de interrupção no fornecimento de energia começaram a ser notificadas por volta das 8h30. Segundo os dados em tempo real fornecidos pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), houve uma queda súbita tanto na carga quanto na geração de energia entre 8h30 e 8h44, com uma tendência à estabilização a partir das 9h.
O Ministério de Minas e Energia informou que está empenhado em restabelecer completamente o fornecimento de energia o mais rápido possível. Uma "sala de situação" foi estabelecida para monitorar a situação, e uma investigação do incidente já foi determinada.
+ CEO da Eletrobras renuncia um dia antes de apagão de energia em todo Brasil
A companhia foi privatizada em 2022 ainda quando o país estava sob o comando do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas redes sociais, autoridades ligam o apagão ocorrido na manhã de hoje com a venda da estatal. Veja abaixo:
Passando para lembrar que em 2022, Bolsonaro privatizou a Eletrobrás, da pior forma possível. Menos de um ano depois: apagão em 25 estados.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) August 15, 2023
O caso ainda precisa ser investigado e os responsáveis identificados. Mas esse fato só reforça que o Brasil não pode ficar refém de ações… pic.twitter.com/eGCE2CbYAS
A conta da privatização irresponsável da Eletrobras chegou: apagão em 25 estados e no DF. Em 2020, vivemos as consequências criminosas da privatização no setor elétrico no Amapá - foram 22 dias de apagão, que afetou comércio, serviços, hospitais e escolas, gerando prejuízos…
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) August 15, 2023
Faz tempo que não se falava em apagão e ele acontece justamente agora, depois de um período de desenvestimento que precedeu a privatização da Eletrobrás e foco nos ganhos financeiros, inclusive com a demissão em massa de empregados capacitados e preparados para atender a empresa.…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) August 15, 2023
Um dia antes do apagão, o CEO da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, renunciou ao cargo. Ferreira Junior apresentou ontem (14) ao Conselho Administrativo da empresa sua renúncia ao cargo de presidente da companhia.
Ele assumiu a maior elétrica da América Latina em setembro de 2022, quando o país estava sob o comando do governo Bolsonaro e meses após a privatização que aconteceu no meio do ano passado.
Antes de solicitar a renúncia ao cargo, o agora ex-presidente da Eletrobras havia atuado como CEO da Vibra Energia e também como CEO da própria companhia.
Como resultado desses eventos, o Conselho de Administração nomeou Ivan de Souza Monteiro como o novo Presidente da Companhia, tendo ele abdicado de suas responsabilidades como presidente do referido Conselho de Administração.
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