Zema justifica a medida para triplicar o seu salário como uma medida para incentivar a contratação de nomes técnicos para o governo mineiro
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), está envolvido em mais uma polêmica. O político mineiro propôs um reajuste no seu próprio salário e dos secretários de seu governo em quase 300%, ou seja, o triplo. Atualmente, ele recebe cerca de R$ 10,5 mil, enquanto que o seu vice recebe algo em torno de R$ 10,25 mil e os secretários R$ 10 mil.
A justificativa para este reajuste tão robusto é que, segundo Zema, os vencimentos estão congelados e defasados há 16 anos. O governador justificou no Twitter que o aumento salarial é imprescindível para "atrair e reter" profissionais técnicos altamente capacitados no Estado.
Pra Minas continuar avançando é preciso atrair e manter os mais competentes nos quadros técnicos. São mais de 15 anos de congelamento dos salários dos Secretários Estaduais, situação incompatível com o cargo.Agradeço a ALMG que apresentou, a meu pedido, PL que resolve o problema.
— Zema 30 (@RomeuZema) March 24, 2023
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Zema declarou que a remuneração atual do primeiro escalão do seu governo não condiz com o cargo que ocupam. Os valores atuais foram estabelecidos durante o mandato de Aécio Neves em 2007 e permanecem em vigor até os dias de hoje.
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Segundo o projeto de lei proposto pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, os salários dos cargos públicos teriam os seguintes valores: R$ 41,8 mil para o governador, R$ 37,6 mil para o vice-governador, R$ 34,7 mil para os secretários de Estado e R$ 31,2 mil para os secretários adjuntos.
Para efeito de comparação, o JC Concursos fez um levantamento sobre os salários dos principais cargos políticos do Brasil. No final do ano passado, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, embora ele ainda não tenha tomado posse, mas participava do governo de transição, se envolveu em uma polêmica semelhante.
A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou um reajuste considerável nos principais cargos políticos da elite estadual. A remuneração do governador subiu de R$ 23.048,59 para R$ 34.572,89; do vice, de R$ 21.896,27 para R$ 32.844,41; e dos secretários, de R$ 20.743,72 para R$ 31.115,58.
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Já o presidente da República recebe um salário bruto de R$ 30.934,70. Após os descontos, o valor líquido cai para R$ 23.453,43.
Além do salário, o presidente recebe uma série de benefícios como moradia gratuita em Brasília, plano de saúde e o polêmico "cartão corporativo". Esse cartão é utilizado para cobrir despesas como alimentação, gasolina e gastos em viagens diplomáticas.
Em relação a moradia, o presidente não tem gastos com aluguel e tudo que precisa ser pago dentro de uma casa (como contas de luz, água, internet).
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