A taxa de juros ainda está em um patamar alto, com a Selic em 13,75% ao ano, apesar da inflação abaixo dos 8%
O Banco Central (BC ou Bacen) divulgou, nesta quarta-feira (28), que a taxa média de juros caiu 0,7 ponto percentual no mês e alta de 7,6 pontos percentuais em 12 meses. Os dados são das Estatísticas Monetárias e de Crédito
Apesar da queda em agosto, a alta dos juros bancários médios no ano ainda segue em alta, principalmente com o maior nível da Selic desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano.
Para pessoas físicas, o destaque de altas foi o cartão de crédito, com alta de 2,1 pontos percentuais no mês e 25,5 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 87,3% ao ano. No crédito rotativo, que é aquele tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias, houve aumento de 3,5 pontos percentuais no mês e 62,9 pontos percentuais em 12 meses, para 398,4% ao ano.
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Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso do cartão parcelado, os juros subiram 4,2 pontos percentuais no mês e 22,3 pontos percentuais em 12 meses, para 185,9% ao ano.
Além disso, o aumento dos juros para as famílias as taxas do cheque especial, com alta de 1,2 ponto percentual no mês e 3,5 pontos percentuais em 12 meses (128,6% ao ano). Por outro lado, os juros do crédito pessoal não consignado caíram 1,1 ponto percentual no mês de agosto e aumentaram 5,5 pontos percentuais em 12 meses (85,4% ao ano).
No crédito livre às empresas, houve queda de 1,5 ponto percentual no mês e alta de 5,8 pontos percentuais em 12 meses em capital de giro, chegando a 22% ao ano. Já no cheque especial, os juros subiram 3,6 pontos percentuais no mês e caíram 1,2 ponto percentual em 12 meses, indo para 325,4% ao ano.
O financiamento a importações caiu 2,3 pontos percentuais em agosto e subiu 1,7 ponto percentual em 12 meses, para 11,7% ao ano. Por fim, o cartão de crédito teve recuo de 3,5 pontos percentuais nos juros do mês e aumento de 14,1 pontos percentuais em 12 meses, para 39,7% ao ano.
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Em agosto, a inadimplência está estável. Já o endividamento das famílias, relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses, chegou ao patamar de 53,1% em julho, na série histórica iniciada em janeiro de 2005, refletindo o aumento das concessões de empréstimos.
Houve alta de 0,3% no mês e de 5,1% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, ficou em 33,6% no mês de julho.
Enquanto que o comprometimento da renda, relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período, ficou em 28,6% naquele mês, crescimento de 0,5% no mês e 3,8% em 12 meses, também o recorde da série.
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