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Veja vídeos da invasão à Brasília em 8 de janeiro de 2023 e prejuízos causados

Mais de 2 mil pessoas foram presas por invasão à Brasília há exato um ano após depredação dos prédios dos três Poderes. Motivo foi a derrota de Bolsonaro para Lula nas eleições

Apoiadores de Bolsonaro em invasão à Brasília em 8 de janeiro de 2023
Apoiadores de Bolsonaro em invasão à Brasília em 8 de janeiro de 2023 - Foto Agência Brasília/Montagem JC
Mylena Lira

Mylena Lira

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 08/01/2024, às 09h06 - Atualizado às 11h43

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Nesta segunda-feira, 8 de janeiro, o Brasil recorda com pesar os eventos ocorridos há exatamente um ano, quando milhares de manifestantes, inconformados com a derrota de Bolsonaro nas eleições para Lula, protagonizaram uma invasão à Brasília e depredação nos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação teve início por volta das 15h, após os invasores romperem o cordão de isolamento feito por poucos policiais militares. Eles caminharam inicialmente ao Congresso, onde invadiram a sede do Legislativo.

Simultaneamente, outro grupo dirigiu-se ao edifício sede do STF, sem ser contido pelos agentes da Polícia Judiciária responsáveis pela segurança das instalações da Corte. Para relembrar os trágicos eventos, um ato em defesa da Democracia está programado para esta segunda.

O evento será realizado exatamente às 15h no Salão Negro do Congresso Nacional e contará com a presença dos líderes dos Três Poderes:

  • o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva
  • o presidente do STF Luís Roberto Barroso
  • o presidente do Congresso Nacional Rodrigo Pacheco

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Relembre a invasão à Brasília em vídeos

Vídeos divulgados pela Agência Brasil proporcionam uma visão abrangente por meio do resumo dos eventos de 8 de janeiro do ano passado. O primeiro vídeo, capturado pelo sistema de câmeras de vigilância do Congresso, revela a atuação organizada dos manifestantes, que entraram simultaneamente pela frente e pela lateral do prédio:

O segundo vídeo, gravado por uma câmera instalada na roupa de um dos seguranças, apresenta a perspectiva dos agentes durante a ação. Os tiros de festim, o estrondo das bombas de efeito moral e os gritos de ordem dos invasores são claramente audíveis. Veja:

A terceira imagem demonstra o vandalismo dentro do Supremo, destacando a quebra de janelas, obras de arte, uma réplica da Constituição de 1988, poltronas, câmeras de vigilância e de transmissão da TV Justiça, cadeiras dos ministros, além da depredação do sistema elétrico e o início de um incêndio:

O quarto vídeo mostra que a intervenção das tropas do Comando de Operações Táticas (COT), grupo de elite da Polícia Federal (PF), resultou na saída dos invasores das dependências do STF, com o auxílio de um veículo blindado, o caveirão:

Por fim, imagens feitas por Alex Rodrigues, repórter da Agência Brasil, mostram como ficaram as instalações logo após a prisão dos golpistas: a sala privativa dos ministros ficou encharcada por conta da depredação do sistema de incêndio, móveis e vidros foram quebrados e o plenário totalmente destruído:

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Reconstrução e prejuízos

Um ano após os atos de vandalismo, todas as instalações danificadas foram reformadas e estão plenamente operacionais. O plenário da Corte, principal alvo dos invasores, foi reconstruído em tempo recorde e reinaugurado em 1º de fevereiro de 2023.

Segundo relatório atualizado pelo STF, o prejuízo total causado pela depredação alcança a marca de R$ 12 milhões. Foram identificados 951 itens furtados, quebrados ou completamente destruídos, totalizando R$ 8,6 milhões em danos.

Os gastos com a reconstrução do plenário, incluindo a substituição de carpetes, cortinas e outros itens, somaram mais R$ 3,4 milhões. Ao todo, foram 116 itens restaurados:

  • 4 telas do fotógrafo Sebastião Salgado
  • 50 itens de mobiliário (cadeiras, mesas e móvel expositor da Constituição original)
  • 22 esculturas (Estátua da Justiça, crucifixo do plenário, bustos de bronze e estatuetas)
  • 21 telas de tapeçarias
  • 19 objetos (lustres, vasos e um brasão da República)
  • 4 galerias de retratos de ministros e ex-ministros

Segundo o STF, foram perdidos 106 móveis e esculturas de valor histórico imensuréveis que nao puseram ser restaurados ou não foram encontrados. O prejuízo total será cobrado solidariamente dos invasores, atualmente sob investigação por seus atos de vandalismo. Veja aqui quantos ainda estão presos até hoje e quantos já foram condenados, com penas variando de 10 a 17 anos de prisão.

Exposição: objetos como testemunhas

Uma exposição que aborda os acontecimentos da invasão ocorrida em 8 de janeiro de 2023 na Câmara dos Deputados será inaugurada na próxima segunda-feira (8), marcando assim o primeiro aniversário dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

A mostra reúne uma seleção de fotografias capturadas no dia da invasão, documentando não apenas os eventos em si, mas também os estragos causados pelos perpetradores que, na tarde daquele domingo, marcharam pela Esplanada dos Ministérios exigindo a anulação da eleição presidencial de 2022 através de um golpe militar.

Composta por 30 imagens, tanto de servidores da casa quanto do renomado repórter fotográfico Joédson Alves da Agência Brasil, a exposição oferece uma visão detalhada da destruição interna do prédio e da invasão ao Congresso Nacional.

Além das fotografias, a exposição destaca objetos restaurados, como os azulejos do painel "Ventania" de Athos Bulcão, e oito presentes protocolares recebidos de países estrangeiros, como vasos e esculturas, originalmente exibidos nas vitrines do Salão Verde no dia da invasão.

O catálogo da exposição elaborado pela Câmara dos Deputados contextualiza as manifestações, explicando que o "objetivo último era a deposição do Presidente que havia assumido o mandato na semana anterior, o fechamento do Congresso Nacional e a tomada do poder, presumivelmente com o respaldo militar."

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