Em 2022 houve um aumento de 40% na contratação de profissionais trans

É o que revela um levantamento realizado pelo portal TransEmpregos. No passado, o número de vagas destinadas a profissionais trans teve uma queda de 5% em comparação com 2021. Porém, o número de trabalhadores trans em que foram empregados teve um crescimento de 40%. 

Em 2022, 4.002 vagas foram anunciadas e 1.113 profissionais foram contratados, enquanto existiam 2.202 empresas parceiras. Já no ano anterior, em 2021, esse número foi de 4.204 vagas anunciadas, 797 pessoas empregadas, com 1.432 empresas parceiras. 

Sobre ao nível de escolaridade dos que foram empregados, 38,8% possuem o ensino médio completo, 31,6% possuem nível superior, 12,2% foram contratados como estagiários, 8,7% são jovens aprendizes, 7,1% possuem apenas o ensino fundamental e 1,5% estão como trainees. 

O setor de Tecnologia também foi o que mais contratou, com 22,9%. Em segundo lugar veio Varejo e Comércio, com 10,4%, seguido de Serviços com 9,7%, Agências de Turismos com 6,9% e Bebidas e Alimentos com 4,2%. 

Já sobre as regiões que mais contrataram, o Sudeste foi a que mais gerou oportunidades, com 61,8%. Em relação aos estados, 8% foram no Rio de Janeiro, 2,8% no Paraná e Minas Gerais e 1,9% no Distrito Federal. 17,5% das vagas são remotas. 

Na plataforma TransEmprego, também divulgou que 48,43% dos cadastrados no site são homens e mulheres trans negros, 47,70% são brancos, 1,91% são amarelos e 0,81% são indígenas. Grande parte dos cadastrados possui nível médio (58,57%), em segundo lugar vem nível superior (35,15%), fundamental (3,32%) e mestrado com (2,96%). 

Mercado de Trabalho 

Uma pesquisa feita pelo projeto TransVida também avaliou o mercado para pessoas trans. 52,7% dos entrevistados responderam ser os únicos funcionários trans da empresa. 25,9% disseram que existem entre dois a dez funcionários trans no trabalho. 

Quase metade dos entrevistados (48%) disseram que foram contratados através da indicação de algum conhecido ou amigo. Outro ponto importante, é que muitas das contratações foram feitas por organizações não governamentais ou porque eram vagas reservadas para pessoas trans. 

Jornalista graduada pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Atualmente trabalha como repórter na editoria de Empregos na equipe de redação do JC Concursos. Possui experiência como redatora na Agência Re9 e como Social Midia.