Conforme a pesquisa, mulheres recebem menos que os colegas homens mesmo em setores que tenham predominância feminina
Neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, ainda é necessário falar em assuntos como a diferença salarial entre profissionais homens e mulheres. Conforme uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as profissionais brasileiras recebem 21% a menos do que os seus colegas do gênero oposto. Em média, as mulheres recebem um salário de R$ 2.305,00, enquanto os homens recebem R$ 2.909,00.
Os dados foram divulgados na última segunda-feira, 6 de março e possui como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Até mesmo em setores em que mulheres representam a maioria dos profissionais, elas acabam recebendo menos do que seus colegas do gênero masculino. Em áreas como serviços domésticos, onde 91% vagas são para mulheres, o salário é 20% menor do que dos homens. Já na educação, serviços sociais e saúde, onde 75% dos profissionais são mulheres, elas recebem 32% a menos em comparação aos seus colegas.
Ainda se mantendo no setor de atividades domésticas, as mulheres que com menos educação recebem R$ 819; ensino fundamento incompleta R$ 972; ensino fundamental completo R$ 1.092,00; com médio incompleto R$ 926; com médio completo R$ 1.087,00; superior incompleto R$ 1.120,00; superior completo R$ 1.257,00.
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Já os homens que atuam na mesma área, recebem com menos educação R$ 1.061,00; ensino fundamental incompleto R$ 1.226,00; fundamento completo R$ 1.386,00; médio incompleto R$ 986; médio completo R$ 1.470,00; superior incompleto R$ 1.156,00; superior completo R$ 1.771,00.
A disparidade continua nas áreas de educação, saúde e serviços sociais. Mulheres com ensino superior completo recebem R$ 4.063,00 enquanto os homens com o mesmo grau de educação chegam a receber salários de R$ 6.331,00.
Ainda segundo o estudo do Dieese, na maioria dos domicílios brasileiros são chefiados por mulheres. De 75 milhões de lares, 50,8% das famílias possuem lideranças femininas. Já os lares com homens, o número é de 49,2%.
Sobre a renda das famílias, lares com casais com e sem filhos recebem em média R$ 4.987,00 e R$ 4.898,00, respectivamente. Em famílias com mulheres não negras e com filhos, a renda cai para R$ 3.547,00 e se a mulher for negra e com filhos, a renda diminui para R$ 2.362,00.
Famílias chefiadas por homens não negros e com filhos, a renda familiar é de R$ 4.860,00 e com homem negro, com filhos, a renda cai para R$ 2.923,00.
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