A diabetes quadruplicou nos últimos 40 anos, oferece maior risco de morte precoce e é agravante para complicações da covid-19. Aprenda a identificar a doença o quanto antes
A diabetes é considerada a única doença não transmissível que está aumentando o risco de morte precoce, em vez de diminuir, segundo informações da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). Por isso, é importante conhecer os tipos de diabetes e seus sintomas, a fim de saber como identificar a doença e tratar o quanto antes.
Inclusive, ainda de acordo com a OPAS, um alto número de pessoas que ficaram hospitalizadas com quadros graves Covid-19, até abril de 2021, tinham diabetes. Além da gravidade da pandemia do coronavírus neste biênio, nos últimos 40 anos o número de pessoas com diabetes quadruplicou. Devido a isso, “a necessidade de tomar medidas urgentes contra a diabetes está mais clara do que nunca”, afirma Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), há um risco de morte maior, agravado pela diabetes, nos casos de:
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A diabetes, também chamada de Diabetes Mellitus (DM), é uma doença crônica, portanto, que não tem cura, mas tratamento. O corpo afetado pela diabetes não produz insulina ou não consegue absorver adequadamente a insulina que é produzida. Esta, por sua vez, é o hormônio responsável por metabolizar a glicose, o tipo famoso de açúcar, e transportar para outras células, a fim de produzir a energia necessária para o funcionamento do corpo.
A falta de insulina no organismo faz com que o açúcar que ingerimos nos alimentos se acumule em excesso nas corrente sanguínea, ocasionando a diabetes. Esta é uma doença com importante fator genético para sua incidência. Por outro lado, alguns fatores de risco contribuem para o desenvolvimento da DM, são eles:
De acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil ocupa a 5ª posição no ranking mundial de pacientes com diabetes. São cerca de 16,8 milhões de pessoas adultas com a doença, com idade entre 20 e 79 anos. A estimativa é que em 2030 o número chegue a 21,5 milhões. De acordo com a International Diabetes Federation, entidade ligada à ONU, existem no mundo mais de 380 milhões de pessoas com diabetes.
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São quatro os tipos de diabetes: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, diabetes gestacional e pré-diabetes. Conheça cada um deles a seguir:
Diabetes Mellitus tipo 1: ocorre por uma deficiência no sistema imunológico que ataca as células do pâncreas, órgão que produz a insulina. Com a destruição da insulina, o corpo não pode absorver a glicose, aumentando o acúmulo no sangue.
Diabetes Mellitus tipo 2: é caracterizado pela resistência do organismo à insulina ou quando o corpo não consegue produzir este hormônio. Também ocorre quando o corpo é incapaz de eliminar a insulina. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o tipo 2 e se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Seu principais sintomas são:
Diabetes Gestacional: ocorre devido à intolerância à glicose durante a gravidez. A diabetes pode permanecer ou não depois do parto. Isso ocorre devido à produção de hormônios pela placenta, que reduzem a ação da insulina. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher e nem sempre os sintomas são identificáveis, por isso é recomendável acompanhar os níveis de glicose no sangue a partir da 24ª semana, o sexto mês. Além disso, alguns fatores de risco são:
Pré-diabetes: é o quarto tipo, mas é pouco conhecido pela população. Ele ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, só que ainda não o suficiente para um apontar o diagnóstico de diabetes tipo 2. Obesos, hipertensos e pessoas com alterações nos lipídios estão no grupo de alto risco. Ele pode ainda prejudicar nervos e artérias, favorecendo diversos outros males, a exemplo de infarto e derrames.
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Antes de mais nada é importante controlar os níveis de açúcar no sangue, já que o organismo afetado pelos tipos de diabetes não consegue absorver esta substância. Isso pode ser feito com a adoção de uma dieta equilibrada, associada à prática de exercícios físicos, evitando cigarro e bebidas alcoólicas e o sobrepeso.
Para o tratamento, é importante procurar o médico especialista, que é o endocrinologista. Ele cuida do sistema hormonal e possivelmente indicará exames de: glicemia em jejum, hemoglobina glicada ou teste de tolerância à glicose.
Por ser autoimune, o tipo 1 deve ser tratado com aplicação da insulina no organismo, por meio de injeções e canetas contendo hormônio. Os produtos são amplamente comercializados em farmácias e a caneta de insulina pode ser encontrada no SUS, por meio do programa Caneta da Saúde.
O tratamento de diabetes tipo 2 é realizado inicialmente com medicamentos que melhoram a sensibilidade das células à ação da insulina ou aumentam a sua produção pelo pâncreas. Medidores de glicose também devem ser adquiridos. Medicamentos também são fornecidos de forma gratuita pelo programa Farmácia Popular, saiba mais na matéria a seguir.
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Que tal conhecer melhor sobre outros tipos de diabetes? O Blog da Medcel tem um artigo com informações completas sobre a Diabetes gestacional. Lá você também confere tudo sobre a área médica, como concursos, especialidades, títulos e notícias da categoria. Aproveite!
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