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Endometriose: entenda por que Anitta terá que passar por cirurgia após diagnóstico da doença

Para a artista, a falta de informação sobre a endometriose foi o que atrapalhou seu tratamento. Veja como a doença afeta o organismo e como tratá-la

Anitta, com fundo de flores e arbustos | Foto: Reprodução/Twitter @anitta
Anitta, com fundo de flores e arbustos | Foto: Reprodução/Twitter @anitta

Glícia Lopes* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 08/07/2022, às 21h18

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“Da América à Europa sem dormir porque a dor fala mais alto que tudo.” Assim escreveu a cantora Anitta, em suas redes sociais, após anunciar diagnóstico de endometriose. A dor incapacitante é um dos alertas da doença. A artista revelou ainda que convive há nove anos com o problema e nenhum médico conseguiu resolver.

Segundo o Ministério da Saúde, a endometriose é uma inflamação provocada pelas células do endométrio, camada que reveste as paredes uterinas. No ciclo menstrual, o endométrio se forma para receber o óvulo e fecundar o possível feto. Quando não há fecundação, boa parte do endométrio deve ser expelida pelo organismo, originando o sangue menstrual. É durante esse processo que a endometriose pode acontecer.

Quando o corpo não consegue realizar a atividade orgânica de expelir o endométrio que não foi fecundado, acometido por essa inflamação, ele provoca o movimento contrário da menstruação: o tecido que deveria ser eliminado do corpo, sobe para outras regiões do sistema reprodutor feminino, podendo parar nos ovários ou na região abdominal, onde pode se multiplicar e causar sangramentos.

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Normalização da dor atrasa o diagnóstico

Estima-se que o diagnóstico da endometriose pode levar de 3 a 12 anos. Em alguns casos, a inflamação pode ser assintomática, o que dificulta a identificação. Um dos pontos mais citados pela cantora Anitta durante seu relato foi a falta de informação sobre a endometriose. Durante os nove anos em que convive com a doença, ela conta que tentou diversas maneiras, mas não encontrou uma forma de se livrar do problema. Veja o relato:

Há um senso comum que sugere que dores durante a menstruação são normais, o que não é verdade. Cólica menstrual muito forte pode indicar problemas graves como, além da endometriose:

  • Miomas
  • Tumores pélvicos
  • Fibromas
  • Estenose cervical; entre outros

Segundo o Ministério da Saúde, alguns sintomas que podem sugerir a endometriose são:

  • cólica menstrual muito forte, que pode impedir a realização de atividades do cotidiano
  • dor durante as relações sexuais
  • dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação
  • dificuldade de engravidar

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Como tratar a endometriose

Após observar os sintomas citados, é imprescindível ter um contato regular com especialista da ginecologia. Como já mencionado, existe pouca informação ou até mesmo ignorância com relação à endometriose. Por isso, procure mais de um profissional se persistirem os sintomas. Conviver com dor durante a menstruação não é normal.

Por ser uma doença crônica, que ocorre por meio de hormônios do ciclo menstrual, ela costuma regredir com a menopausa, quando a menstruação cessa. Uma das formas de tratamento é interrompendo a menstruação, com a utilização de medicamentos ou com a introdução de um dispositivo intrauterino (DIU) hormonal, que anula a menstruação.

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Em casos mais graves, quando provoca lesões na região do útero, o órgão deve ser removido, quando a mulher não tem mais intenção de engravidar. Em alguns casos, os ovários também precisam ser retirados. A endometriose pode se instalar em outros órgãos próximos do sistema reprodutor, como:

  • parte do intestino grosso (reto e sigmóide)
  • bexiga
  • apêndice
  • vagina

Além disso, pode facilitar o surgimento de um cisto na região dos ovários, chamado de endometrioma. Quanto antes for o diagnóstico, maiores são as chances de resolver o problema sem muitos danos. Ficamos, então, com essa mensagem da artista:

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