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Maconha medicinal: por que a restrição do uso do canabidiol é preocupante?

Após a restrição do uso do canabidiol, a maconha medicinal, médicos, pacientes e familiares realizam protesto no Conselho Federal de Medicina (CFM), responsável pela medida

Óleo de maconha medicinal, o canabidiol (CBD) e folhas de cannabis ao fundo
Óleo de maconha medicinal, o canabidiol (CBD) e folhas de cannabis ao fundo - Freepik

Glícia Lopes

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 21/10/2022, às 13h19

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Acontece nesta sexta-feira (21) um protesto em frente ao Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília, contra a resolução 2.324/2022 proposta pelo CFM. A medida da entidade proíbe que médicos receitem maconha medicinal (canabidiol) para outras doenças, restringindo para apenas dois tipos de epilepsia. Especialistas apontam que a restrição do uso do canabidiol (CBD) é preocupante, representando um retrocesso.

A manifestação foi realizada por pacientes portadores de doenças que eram tratadas com canabidiol, bem como seus familiares, além de médicos. A mudança na resolução foi determinada pelo CFM no último dia 14 de outubro, oito anos depois de sua última diretriz sobre o uso da maconha medicinal.

Revogando os avanços alcançados ao longo dos últimos anos, a nova resolução, mais restritiva, além de proibir receitar o medicamento para outros quadros que não sejam de epilepsia, também censura quaisquer outros derivados da cannabis sativa que não seja o canabidiol, como o THC (tetrahidrocanabinol), por exemplo, outro componente da planta.

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Por que a restrição do uso do canabidiol é preocupante?

A maconha medicinal (canabidiol) já é utilizada no tratamento de diversas doenças ao redor do mundo, incluindo desde quadros de transtornos do espectro autista até depressão e ansiedade.

Segundo os especialistas, a resolução da relatora Rosylane Rocha, impede a continuidade do tratamento de pacientes que já estão utilizando produtos de cannabis no Brasil, muitas vezes como única alternativa.

Recentemente, em decisão inédita no país, o Supremo Tribunal de Justiça permitiu o cultivo de maconha para três pessoas, após analisar recursos de pacientes e familiares que já faziam o uso do medicamento, mas que queriam estar em conformidade com a Lei de Drogas.

Especialistas apontam contradição na nova resolução, já que impede a emissão de receita para uso do Metavyl, o único medicamento à base de componentes da cannabis aprovado e comercializado no Brasil. O Metavyl é voltado para o tratamento da esclerose múltipla e tem adeptos famosos que foram diagnosticados com a doença neurodegenerativa.

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Condições que podem ser tratadas com a maconha medicinal (canabidiol)

De acordo com a Kaya Mind, empresa que analisa o cenário do mercado da planta, derivados da maconha medicinal são utilizados no tratamento de diversas condições médicas, devido suas propriedades:

  • Anti-inflamatória;
  • Analgésica;
  • Ansiolítica;
  • Antibacteriana;
  • Relaxante;
  • Sonífera;
  • Anti-cancerígena;
  • Neuroprotetora; e
  • Protetora do sistema imunológico.

Ainda segundo a empresa, cerca de 26 condições médicas podem ser tratadas com o canabidiol, são elas:

  1. Dor crônica
  2. Alzheimer
  3. Câncer
  4. Depressão
  5. Ansiedade
  6. Transtornos do Espectro Autista
  7. Artrite reumatoide
  8. Epilepsia
  9. HIV/AIDS
  10. Transtornos alimentares
  11. Mal de Parkinson
  12. Glaucoma
  13. Esclerose múltipla
  14. Paralisia cerebral
  15. Transtorno bipolar
  16. Transtornos do sono
  17. TDAH
  18. Transtorno de Tourette
  19. Distonia
  20. Malformação congênita
  21. Síndrome de Down
  22. Stress/Burnout
  23. TOC
  24. Psoríase
  25. Diabetes
  26. Esquizofrenia

+ Leia também:Maconha medicinal: para que serve e quem tem direito ao medicamento no Brasil

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