Uma mutação genética altamente hereditária é o principal motivo para que jovens realizem a mastectomia preventiva contra o câncer de mama. Entenda por que isso ocorre
A dez dias para o fim do mês de conscientização para prevenção e combate ao câncer de mama, o Outubro Rosa, a história de mulheres que realizaram a mastectomia preventiva surpreende. Ao redor do mundo, jovens tiram os seios para prevenir o câncer de mama, a doença que mais mata mulheres em todo o mundo.
De acordo com o Ministério da Saúde, com base em informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum. A estimativa para este ano, ainda de acordo com o INCA, é de 66 mil novos casos. O câncer de mama também pode atingir homens, mesmo que raro. A incidência destes casos representa 1% do total.
Alguns fatores de risco apontados pelo Ministério da Saúde são:
Comportamentais e ambientais
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Hereditários e genéticos, com base em história familiar de:
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A mastectomia preventiva é realizada quando há uma enorme chance de a pessoa desenvolver câncer de mama. Isso ocorre com base na identificação de mutações patogênicas dos genes BRCA1 e BRCA2. Estes genes, quando em pleno funcionamento, são responsáveis por produzir proteínas que impedem o desenvolvimento de tumores, sobretudo de câncer de mama e ovário. Com isso, as células têm maior probabilidade de desenvolver alterações genéticas que podem levar ao desenvolvimento do câncer.
Há, inclusive, uma forte evidência da relação dessas mutações genéticas com a hereditariedade. Essa característica pode ser herdada de qualquer um dos pais e corresponde a 50% de chance de cada um dos filhos herdar a mutação.
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A BBC revelou uma das histórias de mulheres que realizaram a mastectomia preventiva. Evelin Scarelli é uma mulher que, no auge da juventude, aos 23 anos, recebeu a surpreendente notícia de diagnóstico de câncer de mama. A jovem teve dois tumores diferentes na mama esquerda e logo iniciou o tratamento.
Mais tarde, cerca de dois anos depois, ela foi surpreendida novamente, dessa vez com o diagnóstico da mãe, que enfrentaria todo o tratamento contra o câncer de mama. Foi identificado em ambas a presença dos genes BRCA1 e BRCA2 que, como já mencionado, possui uma forte característica hereditária, sendo confirmada com o exemplo desta mãe e filha.
Evelin realizou a mastectomia preventiva aos 25 anos, quando soube que tinha cerca de 85% de chance de ter um novo câncer de mama. Infelizmente, a história de Evelin não é a única e muitas outras mulheres, sobretudo jovens, tiveram que retirar as mamas logo cedo, sob a chance elevada de desenvolver novos e novos cânceres caso o procedimento não fosse realizado de forma precoce.
Diante disso, é importante que todas as mulheres conheçam seus corpos e histórico familiar. A idade recomendada para o exame de mamografia, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, é a partir dos 40 anos. Porém, pessoas que têm histórico na família para qualquer tipo de câncer podem realizar o exame na rede privada de Saúde.
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