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Raiva humana: DF confirma caso da infecção mortal; Entenda

O caso aconteceu em Brasília e o paciente segue internado em estado grave. Raiva humana leva à morte em quase todos os casos. Confira quem deve se vacinar

Mão humana segurando seringa contendo um líquido e cachorro desfocado ao fundo | Foto: Freepik
Mão humana segurando seringa contendo um líquido e cachorro desfocado ao fundo | Foto: Freepik

Glícia Lopes* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 05/07/2022, às 23h18

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A infecção pelo vírus da raiva é uma das mais mortais. Ela geralmente acomete animais, mas nesta terça-feira (5), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou um caso de raiva humana. O que assusta é que, quando infectado, o paciente humano não tem muitas chances de sobreviver.

Segundo o Ministério da Saúde, a raiva é uma infecção aguda grave, causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. Este vírus se hospeda, geralmente, em animais mamíferos, como o ser humano. Os hospedeiros mais comuns do vírus da raiva são: cães, gatos, morcegos, coelhos, equinos e bovinos, mas qualquer animal infectado pode ser um vetor para o vírus.

Por causa do caso confirmado de raiva humana, o DF adiantou a campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos, a fim de conter o surgimento de novos casos. A partir deste dia 6 de julho, tutores de cães e gatos já poderão vacinar os bichinhos no DF. O Ministério da Saúde afirma que, por meio dessa medida, é possível eliminar o vírus do meio urbano.

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Como a raiva humana afeta o organismo?

O vírus rábico é transmitido através da saliva do animal infectado. A transmissão da raiva humana se dá, principalmente, por meio de mordidas e lambidas em locais abertos, como feridas; além de arranhões. Região da boca, olhos e ouvidos são vulneráveis. O vírus permanece em incubação por dias e até meses, até manifestar os primeiros sintomas, que variam de acordo com a espécie de animal, com a forma de contato, com a profundidade e área atingida.

A coordenadora da UTI de doenças infecciosas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco, Ana Flávia Campos, informou ao G1 que existem áreas que podem evoluir a doença de forma mais grave e rápida. As regiões próximas ao sistema nervoso como: pescoço, ombro e rosto são as mais perigosas, por possuírem muitos nervos.

Os principais sintomas de infecção da raiva humana são:

  • Alterações de comportamento – confusão mental, desorientação, agressividade, alucinações
  • Espasmos ao sentir água ou vento - hidrofobia
  • Mal-estar geral
  • Aumento de temperatura
  • Náuseas
  • Dor de garganta

Infelizmente, a raiva humana não costuma deixar sobreviventes. Apenas cinco pessoas em todo o mundo sobreviveram para contar a história e duas delas são brasileiras. Em cerca de apenas sete dias os quadros evoluem e levam a óbito. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a raiva mata aproximadamente 60 mil pessoas por ano em todo o mundo.

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Prevenção

Com a taxa de mortalidade que se aproxima dos 100%, não existe tratamento eficaz contra a raiva, mas, como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar. Existe no Brasil a vacina antirrábica para os animais e para humanos. A imunização é indicada, principalmente, para pessoas que estão suscetíveis à exposição ao vírus, como quem lida com animais não vacinados ou tem contato com animais silvestres, como:

  • Médicos veterinários
  • Biólogos
  • Profissionais de laboratório de virologia
  • Estudantes de Medicina Veterinária, zootecnia, biologia, agronomia, agrotécnica
  • Pessoas que atuam na captura e estudo de animais com suspeita de raiva
  • Funcionários de zoológicos
  • Pessoas que vão viajar para lugares de risco

*com informações do G1

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