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Varíola dos macacos: devemos nos preocupar? Saiba tudo sobre a doença

Identificada inicialmente no continente africano, a varíola dos macacos se espalhou e agora tem a Europa como epicentro. Confira tudo o que precisa saber sobre a doença

Mãos com luvas plásticas azuis segurando tubo com líquido vermelho dentro e adesivo escrito "Monkeypox" | Foto: Freepik
Mãos com luvas plásticas azuis segurando tubo com líquido vermelho dentro e adesivo escrito "Monkeypox" | Foto: Freepik

Glícia Lopes* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 15/07/2022, às 15h10

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A varíola dos macacos é uma doença endêmica (que se manifesta em maior grau em uma região específica), com maior incidência no continente africano. Em 2022, o novo surto da infecção surgiu na Europa, na Inglaterra, e rapidamente foi identificado em outras regiões. Atualmente, a doença é contabilizada em mais de 60 países, com quase 10 mil casos espalhados ao redor do mundo.

No Brasil, de acordo com a contagem mais recente, divulgada pelo portal CNN, o país chegou ao número de 310 casos confirmados da doença, em pouco mais de um mês desde o primeiro registro oficial. A contaminação que antes vinha de outros países, agora já é feita de forma comunitária, dentro do país.

Os casos de varíola dos macacos no Brasil estão distribuídos da seguinte forma, ainda de acordo com informações da CNN:

  • São Paulo: 217
  • Rio de Janeiro: 45
  • Minas Gerais: 22
  • Paraná: 6
  • Goiás: 4
  • Distrito Federal: 4
  • Rio Grande do Sul: 3
  • Ceará: 3
  • Rio Grande do Norte: 3
  • Bahia: 2
  • Pernambuco: 1

O vírus Monkeypox, responsável pela doença que conhecemos hoje como varíola dos macacos, foi descoberto em 1958 em um laboratório dinamarquês. O vírus carrega esse nome porque, de fato, os macacos hospedavam o vírus quando ele foi descoberto. Apesar disso, atualmente, a zoonose (doença transmitida de animais para pessoas) não tem os macacos como vetores da infecção, mas os roedores.

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Como é a transmissão da varíola dos macacos

Além do contato com animais infectados, a transmissão da doença se dá por meio da interação direta ou indireta com fluidos corporais da pessoa infectada, como as lesões ocasionadas na pele, e tem como principal via de transmissão as gotículas respiratórias. Objetos como roupa de cama, banho, que contém fluidos da lesão, podem transmitir a doença.

Após contrair o vírus, a pessoa infectada leva cerca de seis a 16 dias, podendo chegar a até 21 dias, a chamada fase de incubação do vírus. Após isso, os primeiros sintomas começam a surgir. Já as lesões na pele, característica da doença que mais chama a atenção, costumam aparecer em aproximadamente três dias após os sintomas iniciais.

Principais sintomas e tratamento

O vírus responsável pelo novo surto da doença costuma gerar quadros mais leves. Até então não existe um tratamento específico para a varíola dos macacos, porém os cuidados envolvem o tratamento dos principais sintomas gerados pela infecção, que são:

  • febre súbita;
  • dor de cabeça;
  • dores musculares;
  • dores nas costas;
  • inchaço nos linfonodos (glândulas que ficam na “papada”, logo abaixo do queixo e acima do pescoço);
  • calafrios;
  • exaustão;
  • lesões na pele, em forma de bolhas, que costumam doer;

Os sintomas, no entanto, costumam desaparecer espontaneamente, não sendo necessário tratamento. Mas, é importante cuidar das lesões para não agravar o quadro, até que elas sequem naturalmente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o antiviral tecovirimat, comercializado como TPOXX, desenvolvido para o tratamento da varíola comum, foi aprovado para uso no tratamento da varíola dos macacos em janeiro deste ano.

Cuidados

Devido à principal forma de transmissão do vírus Monkeypox, que é por meio do contato com gotículas respiratórias, a melhor maneira de evitar o contágio continua sendo a utilização de máscaras faciais, bem como o distanciamento social, a fim de impedir o contato com fluidos e secreções corporais de pessoas infectadas.

Além disso, existe uma vacina desenvolvida para os casos de varíola, a MVA-BN, conhecida também pelos nomes: Imvamune, Imvanex ou Jynneos, aprovada em 2019. Segundo a OMS, o órgão está trabalhando na melhoria do acesso ao imunizante que não tem, ainda, disponibilidade ampla para a prevenção da doença.

O Ministério da Saúde também já iniciou a orientação aos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS), divulgando na última quinta-feira, 14 de julho, uma nota técnica com instruções ao Sistema Único de Saúde para cuidados à população, contra a doença que está em ascensão rápida no país.

Como é feita a vigilância epidemiológica?

Diante do surgimento dos surtos de zoonoses mais recentes, como a pandemia de covid-19 e, agora, com a ameaça da varíola dos macacos, é importante compreender como é feita a vigilância epidemiológica nestes casos. O Blog Medcel preparou um conteúdo completo com as principais informações sobre o assunto. Lá você também fica por dentro de tudo sobre concursos, especialidades, títulos e dicas de estudo sobre a área médica. Aproveite!

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