Bolsa Família: “Aumentar com base no IR não é razoável” destaca presidente do Senado

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende que o financiamento para aumentar o benefício do Bolsa Família pode ser feito com alterações nas regras do IR

Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br   Publicado em 06/10/2021, às 09h37

Agência Senado

Na última terça-feira (05), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que o aumento do Bolsa Família não pode depender das alterações promovidas pela Reforma Tributária, principalmente em relação ao Imposto de Renda (IR). A declaração foi feita durante um evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Não me parece razoável nós discutirmos um novo modelo de Imposto de Renda a pretexto de que essa é a condição sine qua non [essencial] única para ter um Bolsa Família no Brasil”, destaca Pacheco.

A ideia inicial do governo federal é aumentar a média de pagamentos do Bolsa Família para um valor de R$ 300, com a refundação do programa social com um novo nome, o Auxílio Brasil. O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende que os recursos necessários para aumentar e expandir o programa de transferência de renda podem ser feitos através das mudanças do IR. 

Vale lembrar que um projeto de lei que muda as regras e alíquotas da tributação sobre a renda foi aprovado pela Câmara dos Deputados no início de setembro e, agora, está sendo apreciado pelo Senado.

O presidente do Senado aponta que o Bolsa Família é preciso para “gerar condições para as pessoas de baixa renda terem sobrevivência em razão de tudo o que estamos passando”. Desta forma, Pacheco argumenta que é fundamental criar mecanismos de financiamento do benefício independentemente da aprovação da Reforma Tributária. 

“Nós temos que ter a criatividade de saber que há uma arrecadação muito elevada no Brasil hoje, que nós temos fontes de recursos para isso”, relata o senador.

De acordo com ele, o projeto do IR tem uma grande importância e precisa ser analisado com tranquilidade. “Não podemos colocar no colo do Congresso Nacional de aprovar um projeto estruturante para um projeto social que tem mais apelo popular”, acrescentou.

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