Indicador de emprego da FGV piora pelo quarto mês seguido e atinge pior resultados em 18 meses

O economista do FGV-Ibre, Rodolfo Tobler, explica que piora no emprego se deve ao difícil ambiente econômico e as incertezas no cenário global

Victor Meira - victor@jcconcursos.com.br   Publicado em 08/03/2022, às 10h18

Divulgação

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) registrou uma piora pelo quarto mês seguido, caindo 1,4 ponto em fevereiro, segundo aponta o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre). Agora, o índice atingiu a marca de 75,1 pontos, o menor nível desde agosto de 2020, quando registrou 74,8 pontos. 

Em médias móveis trimestrais, o IAEmp também caiu, desta vez, 2,6 pontos, para 77,8 pontos.

O economista do FGV-Ibre, Rodolpho Tobler, relata que o Indicador de Emprego recuou em fevereiro, pois manteve a tendência negativa dos últimos meses. Desta forma, os resultados sugerem uma recuperação do mercado de trabalho mais lenta do que foi registrada no ano passado. 

“O ambiente macroeconômico difícil e potenciais riscos de aumento da incerteza global, não permitem vislumbrar uma mudança na trajetória do indicador no curto prazo”, afirma Tobler.

No mês de fevereiro, todos os componentes do IAEmp contribuíram negativamente para o resultado, exceto o indicador que mede a Situação Atual dos Negócios no setor de Serviços, cuja contribuição foi de 0,5 ponto. 

O principal destaque negativo foi o indicador de Situação Atual dos Negócios da Indústria, que caiu 1,0 ponto em relação a variação do IAEmp no mês. Além disso, os indicadores que medem a Tendência dos Negócios nos próximos seis meses e as intenções de contratação nos próximos três meses (Emprego Previsto), ambos no setor de Serviços, contribuíram negativamente para o indicador com 0,3 e 0,3 ponto, respectivamente para a variação do indicador. 

O que é o IAEmp?

O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

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