O PIX, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, pode passar a ser usado para funcionalidade portabilidade de conta salário. Saiba como
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br Publicado em 08/03/2022, às 15h32
Mais uma facilidade para os usuários do PIX pode passar a ser realizada pelo sistema de pagamento instantâneo do Banco Central. É que a funcionalidade portabilidade de conta salário para o sistema tem sido defendida pelas entidades dos bancos digitais no Brasil, a Zetta. A entidade também aponta para a necessidade de uma reforma nas novas regras para o mecanismo, que facilitará o uso do serviço.
A proposta de implantação da medida vem no momento em que o ritmo de crescimento das contas de pagamento no país tem perdido força. A portabilidade de conta salário foi criada em 2006 e possibilita uma maior autonomia para o usuário escolher em qual banco irá receber os pagamentos de seus empregadores.
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De acordo com a Zetta, a última reforma neste sentido aconteceu ainda em 2018, quando deu fim à cobrança sobre o serviço, além de permitir que o processo fosse iniciado pela instituição financeira de destino.
As entidades também afirmam que a necessidade de apresentação de documentos como RG, CPF, comprovante de endereço e número de CNPJ, bem como o prazo de 10 dias úteis para a conclusão do processo limita o interesse dos usuários pela portabilidade e a competição no sistema financeiro.
De acordo com o presidente da Zetta e diretor de relações institucionais do Nubank, Bruno Magri, em declaração à Reuters, a funcionalidade de portabilidade deveria ser um procedimento “tão fácil quanto fazer um PIX”. Ainda sobre o assunto, Magri pontua que "o uso da portabilidade ainda é ínfimo no Brasil, em parte por causa de exigências relativamente pequenas, mas que desestimulam muito as trocas de instituição”.
A Zetta foi criada há um ano pelas instituições financeiras do mercado digital, Nubank, Mercado Pago e Inter. A entidade tem defendido pautas dos seus sócios, que conta com 20 e inclui, além dos bancos digitais, incluindo fintechs e corretoras de criptomoedas, que têm interações com o Banco Central e outros protagonistas do sistema bancário.
Uma das principais pautas é a defesa de um modelo que possa ser mais fluido para usuários em relação a portabilidade de conta salário acontecendo em uma maior velocidade, já que a abertura de novas contas tem perdido força durante as medidas de isolamento social, que alavancaram uma maior corrida pelos serviços na modalidade on-line.
O executivo ainda reclama que em relação às operações de crédito, a participação de bancos digitais e fintechs ainda é insignificante e essa realidade não deve mudar tão cedo.
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