Servidores do Banco Central devem paralisar atividades exigindo reajuste salarial

De acordo com o Sinal, os servidores do Banco Central pedem um reajuste de 26,3% e uma reestruturação na carreiras no órgão

Victor Meira - victor@jcconcursos.com.br   Publicado em 24/02/2022, às 10h37

Agência Brasil

Os servidores do Banco Central, também conhecido como BC ou Bacen, estão organizando uma paralisação das atividades por um período de 4 horas, entre às 14h e 18h, desta quinta-feira para pressionar um reajuste salarial para a categoria. De acordo com o presidente nacional do Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), Fábio Faiad, caso as reivindicações não sejam aceitas, os servidores planejam entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 09 de março. 

O sindicato pede um reajuste salarial de 26,3% dos servidores e uma reestruturação nas carreiras de analistas e técnicos do Banco Central, que seriam demandas sem impacto financeiro, como o reconhecimento dos cargos do BC como exclusivos de Estado conforme art. 247 da Constituição, aumento da independência e das prerrogativas dos servidores em seus trabalhos. 

Os salários dos analistas do Banco Central variam de R$ 19.197,06 (remuneração mínima) e R$ 27.369,67 (remuneração máxima). 

+Presidente do Banco Central irá se reunir com sindicato para discutir reajuste salarial

A manifestação foi aprovada em assembleia, que teve mais de 90% dos votos válidos e deve ter um índice de 70% de adesão dos funcionários, segundo o Sinal.

Um dos motivos para a paralisação foi motivado pela sinalização do presidente Jair Bolsonaro (PL) ter se articulado politicamente no Congresso Nacional para aumentar os salários dos servidores federais que atuam na área policial. Entretanto, o reajuste ainda não foi aplicado devido às reações de outras categorias de servidores, como o próprio Banco Central, além da Receita Federal.

Na última terça-feira (22), o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou uma nova proposta para usar o montante de R$ 1,7 bilhão separado no Orçamento e atender de alguma forma o funcionalismo. A proposta seria a concessão de um benefício de R$ 400,00 a ser incorporado no vale-alimentação. Com isso, os servidores poderiam ter um aumento de até 10%, para quem ganha na casa dos R$ 4 mil, e estaria livre de tributação, no caso, o Imposto de Renda.

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