Setores vêm sendo impactados com a taxa Selic em 1,5 ponto percentual, a 10,75% ao ano; entidades se pronunciaram sobre alta. Confira setores impactados
JEAN ALBUQUERQUE | REDACAO@JCCONCURSOS.COM.BR Publicado em 08/02/2022, às 20h50
A taxa Selic — taxa básica de juros que tem a função de regular diversas operações financeiras —, já impacta no crédito rural do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e vem afetando mais setores da economia. O aumento da Selic foi alcançado após o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central ter elevado na última quarta-feira (2) a taxa de juros em 1,5 ponto percentual, a 10,75% ao ano.
Em relação ao impacto no crédito rural, o BNDES suspendeu nesta segunda-feira (7) os pedidos de financiamento e de contratações do crédito rural para o ano agrícola 2021/2022, a informação foi publicada no próprio site do banco de fomento.
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Com o avanço da taxa Selic para 10,75% ao ano, o Tesouro Nacional não poderá arcar com os empréstimos destinados ao setor agrícola. O que torna o dinheiro disponível no orçamento insuficiente para a subvenção, por conta da forte demanda por crédito rural.
Além do setor agrícola, a elevação da taxa básica de juros tem desagradado outros setores da economia. A alta pode ser prejudicial para a recuperação econômica, após a pior fase da pandemia de Covid-19, causando o recuo da economia em quase dois anos.
As entidades ligadas à indústria se pronunciaram sobre a alta da Selic. Após a divulgação da taxa Selic, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) classificou como equivocada e alertou para o risco de um aperto monetário que pode gerar recessão em 2022.
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) também se manifestou contrária à alta na taxa básica de juros ao dizer que a medida não é o melhor instrumento para combater a inflação. A avaliação da entidade leva em consideração a alta dos preços da energia e alimentos.
Já a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) afirmou que a alta da taxa Selic pode comprometer a recuperação da atividade econômica em 2022. A entidade ainda diz que a incerteza quanto à sustentabilidade fiscal pode contribuir para uma percepção elevada de risco no país, contribuindo para a diminuição da confiança de empresários e investidores.
*Com informações da Agência Brasil
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