Em novembro de 2023, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu, em média, mais da metade do rendimento líquido para adquirir produtos da cesta básica
Nova Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), revelou um aumento nos custos para adquirir alimentos básicos em nove das 17 capitais pesquisadas em novembro. Essa elevação impactou diretamente o preço da cesta básica, afetando o orçamento familiar em diversas regiões do país.
As cidades que lideraram as altas foram Brasília, com 3,06%, seguida por Goiânia (1,97%) e Belo Horizonte (1,91%). Por outro lado, algumas regiões apresentaram quedas expressivas, como Natal (-2,55%), Salvador (-2,17%), Fortaleza (-1,39%) e Campo Grande (-1,20%).
São Paulo manteve-se como a cidade mais cara para comprar a cesta básica, custando R$ 749,28, seguida por Florianópolis (R$ 747,59), Porto Alegre (R$ 739,18) e Rio de Janeiro (R$ 728,27).
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O aumento nos preços de alguns alimentos essenciais contribuiu para o encarecimento da cesta básica. Entre os itens que tiveram altas significativas, destacam-se:
Batata: O preço do quilo da batata aumentou em quase todas as capitais do Centro-Sul, variando entre 4,55% e 16,95%. As chuvas e altas temperaturas prejudicaram a qualidade, impactando os preços no varejo.
Arroz agulhinha: O quilo do arroz teve elevação em 16 capitais, sendo mais expressiva em Aracaju (9,09%), Goiânia (6,52%), São Paulo (5,57%), Vitória (5,13%) e Brasília (4,97%). Fatores como diminuição da oferta em 2023 e o bom ritmo das exportações contribuíram para a alta.
Açúcar: O valor médio do quilo do açúcar subiu em 14 cidades, com destaque para Fortaleza (3,73%) e Florianópolis (0,18%). A maior exportação do açúcar reduziu a oferta, elevando os preços no varejo.
Carne bovina de primeira: O quilo da carne bovina apresentou alta em 13 capitais, impulsionada pelo ótimo desempenho das exportações, resultando em menor disponibilidade interna e preços mais elevados no varejo.
Tomate: O preço do quilo do tomate teve elevações em Goiânia (0,58%) e Brasília (0,40%), com aumento médio significativo em 12 meses em diversas capitais.
Café em Pó: Entre outubro e novembro, o preço do quilo do café em pó subiu em algumas cidades devido a oscilações no mercado internacional, queda na exportação brasileira e altos custos de produção.
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Diante desse cenário, é importante buscar alternativas para manter uma alimentação saudável sem comprometer o orçamento. É fundamental que os consumidores estejam atentos às variações de preços e busquem soluções que se adequem às suas necessidades alimentares e financeiras. Algumas sugestões de substituições incluem:
A cesta básica é composta por itens essenciais para a alimentação familiar, incluindo arroz, feijão, carne, leite, açúcar, óleo, pão, café, entre outros. Esses alimentos são fundamentais para garantir uma dieta equilibrada e nutricionalmente adequada.
Vale ressaltar que, segundo o Dieese, a composição da cesta básica pode variar entre diferentes regiões do Brasil, especialmente entre o Nordeste e o restante do país. No Nordeste, a presença de produtos regionais modificam a composição, incorporando itens específicos da culinária local.
O Dieese estima mensalmente o salário mínimo necessário, considerando a cesta mais cara, que em novembro foi a de São Paulo. De acordo com a determinação constitucional, o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir despesas essenciais como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em novembro de 2023, o valor estimado para o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas foi de R$ 6.294,71, equivalente a 4,77 vezes o mínimo vigente de R$ 1.320,00. Em outubro, esse valor era de R$ 6.210,11, representando 4,70 vezes o piso mínimo. Em novembro de 2022, o mínimo necessário era de R$ 6.575,30, correspondendo a 5,43 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00.
O tempo médio dedicado ao trabalho para adquirir os produtos da cesta básica variou de 107 horas e 17 minutos em outubro para 107 horas e 29 minutos em novembro de 2023. Em novembro de 2022, a jornada média foi de 121 horas e 02 minutos.
Ao comparar o custo da cesta com o salário mínimo líquido, descontando 7,5% referentes à Previdência Social, observa-se que, em novembro de 2023, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, 52,82% do rendimento líquido para adquirir os produtos básicos, enquanto em outubro esse percentual foi de 52,72%. No mesmo período de novembro de 2022, o percentual alcançou 59,47%.
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