Lira defende as mudanças para que especialistas possam ocupar cargos de gerência. Ele comentou ainda que a Petrobras não faz nada pelo estado brasileiro
Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 05/04/2022, às 18h57
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu mudanças na Lei das Estatais aprovada em 2016, que permite que pessoas com experiência no setor privado ocupem cargos gerenciais em empresas como a Petrobras. De acordo com Lira, atualmente a estatal serve apenas aos interesses de acionistas e não da sociedade brasileira. Na perspectiva dele, a empresa poderia até mesmo ser privatizada porque não garante benefícios para o país.
“Hoje, a quem serve a Petrobras?”, questionou o Arthur Lira. Segundo o presidente da Câmara dos deputados, a empresa não é transparente, não produz riquezas e nem desenvolvimento.
“A gente tem um preço internacionalizado, produz petróleo aqui e tem referência no preço internacional porque é bom para o acionista”. Lira comentou ainda que a estatal não faz nada pelo estado brasileiro, o que justificaria uma possível privatização. “Que seja privatizado e então o levaremos com a devida seriedade. Estou expressando minha opinião pessoal”, disse.
Em tom de ironia, Arthur Lira comentou que a compliance — conjunto de ações para estar em conformidade com leis e regulamentos —, montada pela Petrobras, não permitiria que a estatal trabalhasse para a população brasileira. “Pergunte a eles (os dirigentes) qual o cheiro do gás?”.
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Lira respondeu à pergunta de um repórter sobre a recusa do economista Adriano Pires em suceder o general Luna e Silva na presidência da Petrobras, por prestar consultoria nessa área a empresas privadas e supostamente haver um conflito de interesse se assumisse o cargo.
O Presidente da Câmara de Deputados acredita que ter generais, almirantes, professores, jornalistas e administradores que nunca estudaram o petróleo e gás como presidentes de empresas é a única maneira de resguardar os interesses dos acionistas e proteger a empresa de responsabilidade para com o Brasil. Para ele, é preciso discutir as leis das empresas estatais para garantir uma melhor gestão das empresas brasileiras.
“Não tenho relação com Adriano Pires, nunca falei com Adriano Pires, me reportei a ele quando votamos a Lei do Gás para tirar uma dúvida, porque ele é um estudioso nesse assunto (…). A regra foi criada para isso, para travar a Petrobras e criar esse inconveniente que ela é para todo o Brasil”, criticou Lira.
*Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque
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