O projeto aprovado prevê algumas novidades, principalmente, para o IPVA. Proposta visa equilibrar a tributação, alcançando bens utilizados por pessoas de classes mais altas
Na madrugada desta sexta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da reforma tributária, que contempla diversas alterações na cobrança de impostos, incluindo o Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA). As mudanças estão presentes em um trecho que trata da cobrança de tributos sobre renda e patrimônio, mesmo não sendo o foco principal da reforma, que se concentra no consumo.
No caso do IPVA, o projeto aprovado prevê algumas novidades, como a inclusão de jatinhos, iates e lanchas na cobrança do imposto, que atualmente estão isentos. Além disso, há a possibilidade de aplicar uma taxa progressiva conforme o impacto ambiental do veículo.
Isso significa que os veículos elétricos, considerados menos poluentes, podem ser beneficiados com uma alíquota menor do imposto. Essa mudança está alinhada às propostas ambientais globais e aos acordos internacionais de redução de emissão de carbono assinados pelo Brasil.
No entanto, o advogado tributarista David Ximenes Avila Siqueira Telles levantou preocupações a g1 sobre a possível queda na arrecadação dos estados e municípios devido às questões ambientais.
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O projeto votado na Câmara também abre espaço para o valor do veículo ser um critério de progressividade do imposto. A intenção é cobrar uma alíquota maior de quem tem maior poder aquisitivo, incentivando a compra de veículos mais sustentáveis e eliminando privilégios injustificados sobre bens normalmente possuídos por pessoas com maior capacidade contributiva.
Outra mudança trazida pela reforma tributária é a inclusão da cobrança do IPVA para veículos aquáticos e aéreos, que atualmente não são tributados. A reforma busca estabelecer a tributação desses tipos de propriedades na Constituição Federal.
O relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), destaca que a intenção não é onerar aeronaves e barcos de transporte de passageiros, bem como aqueles voltados para pesca industrial, artesanal, científica ou de subsistência. Além disso, não haverá cobrança sobre plataformas de petróleo. A reforma tributária agora seguirá para apreciação do Senado.
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