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Existe Serial Killer no Brasil? Saiba quem é Pedrinho Matador, assassinado hoje (5)

Pedrinho Matador foi assassinado a tiros neste domingo (5) em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Conheça quem é considerado um serial killer

Pedrinho Matador em entrevista no Youtube
Pedrinho Matador em entrevista no Youtube - Reprodução/Youtube
Mylena Lira

Mylena Lira

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 05/03/2023, às 20h31

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Um serial killer é um assassino em série. Logo, é aquele que comete homicídios com certa frequência. O termo, importado dos Estados Unidos, é usado para descrever pessoas que matam três ou mais vítimas, com um padrão específico, na maioria das vezes. O Pedrinho Matador, que morreu hoje (5) em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, era um serial Killer?

O termo "serial killer" surgiu pela primeira vez nos Estados Unidos, na década de 1970. Foi criado pelo agente do FBI, Robert Ressler, durante a investigação de casos de assassinatos em série. Antes disso, esses criminosos eram frequentemente chamados de "assassinos em série", mas o termo não era tão difundido ou bem definido.

Ressler criou o termo para descrever assassinos que cometem uma série de homicídios com um padrão específico, incluindo a forma como escolhem e atacam suas vítimas, bem como os intervalos entre cada crime. O uso do termo ajudou a definir melhor esse tipo de crime e a chamar a atenção das autoridades para a necessidade de investigar casos que, de outra forma, poderiam ser tratados como incidentes isolados.

Desde então, o termo "serial killer" tornou-se amplamente utilizado em todo o mundo. O estudo e a compreensão desses criminosos são importantes para ajudar na prevenção de crimes violentos e na captura dos responsáveis.

Os motivos por trás dos assassinatos de um serial killer podem variar, incluindo desejo de poder, controle, raiva, vingança, ou até mesmo uma forma de satisfação sexual. Esses indivíduos geralmente possuem traços psicopáticos ou sociopáticos, incluindo a falta de empatia, remorso ou consciência moral.

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Série sobre origem do termo serial killer 

A série Mindhunter, da Netflix, explora como o termo "serial killer" foi criado e se popularizou. A série é baseada no livro "Mind Hunter: Inside the FBI's Elite Serial Crime Unit", escrito por John Douglas e Mark Olshaker, que conta a história da unidade de crimes em série do FBI e de como ela ajudou a desenvolver perfis psicológicos de assassinos em série.

Na série, os personagens principais, os agentes do FBI Holden Ford e Bill Tench, trabalham na unidade de crimes em série e entrevistam diversos assassinos em série para entender suas motivações e padrões de comportamento.

Durante o processo, eles observam que esses criminosos têm padrões e características comuns que os distinguem de outros tipos de criminosos. Com base nessas entrevistas e observações, eles criam o termo "serial killer" e desenvolvem técnicas de investigação que ajudam a capturar esses assassinos.

Embora a série Mindhunter seja uma dramatização e não retrate com precisão todos os detalhes da história real, ela fornece uma visão fascinante e perturbadora do mundo dos assassinos em série e de como o termo "serial killer" foi criado e se popularizou.

A série foi bem recebida pela crítica e pelos fãs por sua abordagem realista e pela performance impressionante do elenco. O último episódio da segunda temporada foi veiculado em agosto de 2019 e, deste então, o público aguardava ansioso pela nova temporada. Porém, o diretor David Fincher afirmou em entrevista ao Le Jounal de Dimanche que não terá uma terceira temporada, devido ao alto custo de produção e retorno insuficiente.

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Serial Killers famosos 

Ao longo da história, diversos serial killers ficaram conhecidos em todo o mundo. Entre os mais famosos estão:

  • Ted Bundy: americano que matou pelo menos 30 mulheres na década de 70, usando seu charme e aparência para atrair suas vítimas;
  • Jeffrey Dahmer: conhecido como o “canibal de Milwaukee”, Dahmer matou 17 homens e meninos entre 1978 e 1991, muitas vezes desmembrando seus corpos e guardando partes como troféus; e
  • John Wayne Gacy: conhecido como o “palhaço assassino”, Gacy foi condenado pelo assassinato de 33 homens e meninos entre 1972 e 1978, muitos dos quais foram enterrados em sua casa.

No Brasil, também houveram casos notórios de serial killers. Entre eles estão:

  • Francisco de Assis Pereira, conhecido como o “Maníaco do Parque”, que matou pelo menos 11 mulheres em São Paulo entre 1997 e 1998;
  • Marcelo Costa de Andrade, conhecido como o “Vampiro de Niterói”, que matou 14 pessoas entre 1991 e 1992, muitas delas de forma brutal e com requintes de crueldade; e
  • Pedro Rodrigues Filho, conhecido como o “Pedrinho Matador”, que matou pelo menos 70 pessoas, muitas delas na prisão.

Pedrinho Matador morre em SP

Pedrinho Matador foi assassinado na manhã deste domingo (5), em Mogi das Cruzes, após ser alvejado por tiros. Os disparos, segundo uma tia, foi feito de dentro de um carro preto que passou na rua onde Pedro Rodrigues Filho, de 68 anos, estava. No momento do crime, ele estaria na calçada com uma criança de colo, que não foi atingida.

O veículo preto foi abandonado e localizado pela Polícia Militar, mas ninguém foi preso até o momento. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) informou ao G1 que o crime está sendo investigado como homicídio qualificado.

Pedrinho Matador estava solto desde 2018 após passar cerca de 40 anos preso, entre idas e vindas. Suas primeiras vítimas foram em sua adolescência, quando teria matado um primo após uma briga e o ex-prefeito de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, onde nasceu, por ter demitido seu pai.

Na prisão, matou o pai, aos 20 anos, após saber que ele assassinou sua mãe por suspeitar de uma traição. Enquanto esteve encarcerado tirou a vida de inúmeros detentos, entre os quais um condenado por estupro, outro porque roncava demais e um terceiro simplesmente porque não ia com a cara dele. Ao todo, confessou mais de 100 homicídios, apesar de ter sido condenado por 71.

Desde os 64 anos, após ser solto, comentava crimes midiáticos em seu canal no Youtube. Quando deixou a prisão, chegou a ajudar a escrever o livro "Eu não sou um monstro", de Iza Toledo, e figura nas biografias "Pedrinho Matador - A Biografia", de Pablo do Nascimento Silva", e "Doze dias: A história do maior assassino em série", de Danísio Feitosa.

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