Muito questionado, o fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões é criticado pela população brasileira; Pesquisa mostra que 90% dos brasileiros não aprovam recurso
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 23/02/2022, às 15h06
A principal fonte de recursos para o financiamento de campanhas criado pelo Congresso Nacional em 2017, entrou na pauta do dia quando com o apoio da oposição e aliados do governo em 2022, o fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Entenda quem paga essa conta.
A atitude dos congressistas têm desagradado a população brasileira. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Millenium mapeou a percepção dos brasileiros sobre o fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões entre 16 e 19 de fevereiro. Das duas mil pessoas ouvidas, 90% afirmaram que são contra o fundo, enquanto apenas 3,3% disseram que o valor destinado é adequado.
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Os valores destinados aos partidos saem dos cofres públicos, isto é, quem paga a conta são os contribuintes. Neste caso, ao todo 48% dos recursos do fundo eleitoral, popularmente conhecido como Fundão, são distribuídos entre os partidos a partir da proporção do número de representantes na Câmara dos Deputados.
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Já os outros 35% têm a divisão feita entre as siglas devendo ter ao menos um representante na Câmara, levando em consideração o percentual de votos por esses partidos na última eleição geral. Mais 15% são divididos entre as legendas na proporção do número de representantes no Senado ;e 2%, entre todas as siglas registradas no TSE.
O fundo eleitoral, a principal fonte de recursos públicos para o financiamento de campanhas, foi criado pelo Congresso Nacional em 2017, mediante desdobramento da Operação Lava-Jato. À época, foi a solução encontrada para as siglas a partir da proibição de doações de pessoas jurídicas a campanhas, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015.
Definida na proposta orçamentária da União para a próxima eleição, a quantia destinada às siglas. Os partidos que têm as maiores bancadas são os maiores beneficiados. Nos pleitos eleitorais de 2018 e 2020, o fundo distribuiu os valores de R$ 1,7 bilhão e R$ 2 bilhões.
Para a campanha eleitoral da última eleição para prefeitos e vereadores, os partidos PT, PSL e PSD ficaram com as maiores fatias, enquanto PRTB, PSTU e UP receberam os menores valores. No entanto, em regra, quem não utiliza todo o recurso nas campanhas precisa devolver as sobras ao Tesouro Nacional na apresentação da prestação de contas.
Além de instituído recentemente, ele não é o único. Em 1995, foi criado o Fundo Partidário, que possibilita o uso de recursos para custear gastos para a manutenção dos partidos, como gastos com luz, aluguel e passagens aéreas.
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