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Justiça de São Paulo suspende ação que pedia retirada de barracas das ruas da cidade

As barracas e pertences dos moradores de rua começaram a ser retirados das ruas no sábado (11). Número de pessoas em situação de rua seria superior ao apresentado pela prefeitura de São Paulo

Número de pessoas em situação de rua seria superior ao apresentado por São Paulo
Número de pessoas em situação de rua seria superior ao apresentado por São Paulo - Agência Brasil
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 17/02/2023, às 22h09

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Uma decisão judicial da Justiça de São Paulo impediu a prefeitura de retirar barracas de moradores de rua da cidade. A prefeitura anunciou no início do mês que planejava retirar as barracas. A decisão foi da 7ª Vara da Fazenda Pública.

Essa ação popular foi apresentada pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), pelo padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, e por movimentos de proteção à população em situação de rua. O argumento do prefeito, Ricardo Nunes, para não oferecer espaços de acolhimento para toda a população de rua foi usado em ação movida na quinta-feira (16).

As barracas e pertences dos moradores de rua começaram a ser retirados das ruas no sábado (11). A ação visava contestar a decisão da prefeitura de retirar os cidadãos mais vulneráveis ​​de lugares públicos do município.

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Número de pessoas em situação de rua seria superior ao apresentado por São Paulo

Boulos apresentou denúncia Ministério Público de São Paulo no dia 8 de janeiro. Em seu relatório, ele apresentou um levantamento que indicava que a população de rua da cidade havia aumentado 30% desde 2012. Ao rever o número de moradores de rua em São Paulo em 2022, as estatísticas mostram que seriam 42.240 pessoas entre as 31.800 pessoas contabilizadas pelo prefeitura.

Os pesquisadores, André Luiz Dias Freitas e Wellington Migliari, da Universidade Federal de Minas Gerais e do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, realizaram o levantamento.

Boulos afirma que os sem-teto estão na posição em que se encontram porque o governo não lhes oferece abrigo adequado, oportunidades de emprego e serviços públicos integrados e permanentes.

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