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Médicos mais esgotados após dois anos de pandemia aponta pesquisa

Pesquisa realizada em janeiro mostrou que os médicos mais esgotados estão apreensivos com o aumento do número de casos da nova variante Ômicron no país

Médicos mais esgotados após dois anos de pandemia aponta pesquisa
Médicos mais esgotados após dois anos de pandemia aponta pesquisa - Freepik

JEAN ALBUQUERQUE | REDACAO@JCCONCURSOS.COM.BR
Publicado em 03/02/2022, às 18h50

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Uma pesquisa realizada pelas associações Médica Brasileira (AMB) e Paulista de Medicina (APM) com médicos de todo o país apontou que os médicos mais esgotados representam mais da metade dos profissionais, o percentual de 57%. As queixas são as deficiências que dificultam o tratamento aos pacientes com Covid-19, o que coloca em risco a própria integridade dos entrevistados. Os resultados do levantamento foram divulgados nesta quinta-feira (3) e ouviu 3517 médicos em estabelecimentos particulares e unidades públicas de saúde, entre 21 e 31 de janeiro. 

A grande parte dos médicos afirmam estarem esgotados ou apreensivos diante do aumento do número de casos da nova variante Ômicron. Os 45% dos profissionais responderam que não há profissionais suficientes para atender a alta demanda de pacientes com Covid-19 nas unidades onde trabalham. Também houveram queixas em relação a falta de equipamentos de proteção, como máscaras, luvas, aventais, medicamentos e até de leitos de internação em unidades regulares ou em unidades de terapia intensiva (UTIs).

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Médicos mais esgotados: a exaustão em números 

O estudo ainda revela que a maioria dos entrevistados afirmaram ter no ambiente em que trabalham, médicos mais esgotados. Confira os sintomas: 

  • Sintomas de estarem sobrecarregados 64%
  • Sintomas de estresse 62%
  • Ansiosos 57%
  • Próximos à exaustão física ou emocional 56%
  • Distúrbio relacionado ao sono, como dificuldades para dormir 39%

Os 96% dos profissionais ouvidos pela pesquisa disseram perceber um aumento no número de casos da doença em comparação ao último trimestre de 2021, além de que seis em cada dez, o que representa 59,5% afirmaram terem observado tendência no número de mortes.

Sinais que vêm refletindo nos dados oficiais do Ministério da Saúde. Só para se ter uma ideia, os dados divulgados nesta quarta-feira (2) alertaram para 893 mortes contabilizadas em 24 horas, elevando para 628.960 pessoas que já perderam a vida para o vírus. A pasta também confirmou 172.903 novos casos no mesmo período.

Consequências da Covid-19; Entenda  

Os profissionais, o que representa sete em cada dez, ou quase 71% dos entrevistados, afirmaram terem atendido pacientes com sequelas após a Covid-19. Conheça as sequelas mais frequentes apontadas pelos médicos. Veja lista:

  • Fadiga ou dores no corpo 50%
  • Perda do olfato ou do paladar 39%
  • Problemas cardíacos e trombose 23%

Eles também relatam conhecer pacientes que deixaram de buscar atendimento dos profissionais da saúde para outras doenças por conta do medo de serem infectados pelo vírus. 

* Com informações da Agência Brasil 

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