Mesmo com o resultado negativo em dezembro, no acumulado do ano de 2021, as vendas no varejo registraram alta de 2,9%
As vendas no varejo apresentaram uma queda de 0,1% em dezembro. Em relação ao mesmo período de 2020, a queda foi de 2,9%. Mas ainda assim, no acumulado de 2021, o varejo teve um aumento de 1,4%. Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira (09), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas variou 0,3% ante novembro, recuou 2,7% em relação a dezembro do ano anterior e acumulou alta de 4,5% em 2021.
Apesar da variação negativa no último mês de 2021, quatro das oito atividades pesquisadas apresentaram crescimento, sendo elas: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,2%), Livros, jornais, revistas e papelaria (2,4%), Móveis e eletrodomésticos (0,4%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,4%).
Em contrapartida, três atividades registraram queda da passagem de novembro para dezembro: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,7%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%).
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Enquanto que o setor de Combustíveis e lubrificantes não teve variação (0,0%) no período.
No comércio varejista ampliado, dos dois setores adicionais, o de Veículos, motos, partes e peças (1,2%) apresentaram alta e o de Material de construção (-1,4%), queda. No mês anterior, essas atividades contam com, respectivamente, variações de 0,8% e de 0,5%.
Se na série com ajuste sazonal grande parte teve resultado positivo, sete das oito atividades do comércio varejista tiveram uma perda de 2,9%. Dentro dessas atividades que recuaram há: Móveis e eletrodomésticos (-17,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-6,8%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,6%), Combustíveis e lubrificantes (-6,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,5%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%).
A única atividade a apresentar crescimento na comparação com o mesmo mês do ano anterior foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,8%).
Ao se considerar também as atividades que compõem o comércio varejista ampliado, a atividade de Veículos e motos, partes e peças registrou variação de 0,3%, enquanto a de Material de Construção, recuo de 8,3%.
Mesmo com o recuo em um dos principais meses para o comércio, o ano de 2021 foi positivo para o varejo. O setor acumulou um crescimento de 1,4% em relação a 2020. Com isso, o aumento percentual ficou próximo ao registrado em anos anteriores (1,2% em 2020 e 1,8% em 2021).
O resultado é o quinto consecutivo no campo positivo. Em termos setoriais, 2021 registrou valores positivos para quatro atividades do comércio varejista: Tecidos, vestuário e calçados (13,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,8%) e Combustíveis e lubrificantes (0,3%).
Contudo, quatro atividades registraram queda em 2021: Livros, jornais, revistas e papelaria (-16,9%), Móveis e eletrodomésticos (-7,0%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,6%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%).
No comércio varejista ampliado, oas atividades de Veículos e motos, partes e peças e de Material de Construção acumularam ganhos de 14,9% e de 4,4%, respectivamente, em 2021.
Em dezembro, na série com ajuste sazonal, a taxa nacional de vendas do comércio varejista foi de -0,1%, com resultados negativos em 19 das 27 unidades da Federação, com destaque para: Mato Grosso (-4,7%), Acre (-4,5%) e Rondônia (-4,3%).
Por outro lado, no campo positivo, figuram oito estados, com destaque para: Tocantins (1,3%), Santa Catarina (0,8%) e Espírito Santo (0,6%).
Frente a dezembro de 2020, a variação foi de -2,9%, com predomínio de resultados negativos em 21 unidades da Federação, com destaque para: Bahia (-12,9%), Pernambuco (-11,4%) e Sergipe (-11,1%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram: Mato Grosso do Sul (4,1%), Rio Grande do Sul (3,8%) e Espírito Santo (3,8%).
Já no comércio varejista ampliado, a variação entre novembro e dezembro foi de 0,3%, também com predomínio de resultados negativos, em 17 unidades federativas, com destaque para: Acre (-4,6%), Sergipe (-3,0%) e Amapá (-2,9%). Pressionando positivamente, figuram 10, com destaque para: Tocantins (5,8%). Goiás (3,8%) e Espírito Santo (3,6%).
E no confronto com dezembro de 2020, houve queda de 2,7%, com predomínio de resultados negativos em 16 UFs, com destaque para: Amapá (-12,1%), Distrito Federal (-11,3%) e Paraíba (-11,2%). Na outra ponta, figuram 11, com destaque para: Tocantins (10,9%), Espírito Santo (9,5%) e Goiás (8,5%).
*com informações do IBGE
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