Empresas estão considerando limitar o fluxo de frotas em horários de pico. O aumento do diesel também preocupa prefeitos de todo o país; veja detalhes
Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 09/05/2022, às 20h41
Em meio a notícia de mais um aumento do diesel, os brasileiros poderão ter que lidar com a possibilidade também do ajuste das passagens de ônibus. Essa alta poderá ser feita para compensar o aumento de 8,8% no preço do diesel nas refinarias aprovado pela Petrobras a partir desta terça-feira (10). As empresas de ônibus prevêem reajuste imediato nas passagens de cerca de 2,9%.
Os preços do diesel subiram 47% nos últimos cinco meses, com impacto acumulado nas passagens de ônibus de 15,4%, segundo cálculos da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). As companhias estão considerando limitar o fluxo de frotas de ônibus em algumas cidades aos horários de pico.
O combustível responde por 26,6% dos custos operacionais de uma empresa de transporte público, segundo a associação, além disso, é o segundo item mais importante nas tarifas depois da mão de obra.
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A situação causada pelo aumento do diesel também tem preocupado prefeitos de todo o país. Edvaldo Nogueira, presidente da Frente Nacional de Prefeitos, disse em entrevista à CNN que o novo aumento de combustível tornou inevitável o aumento das tarifas.
“As prefeituras que conseguiram segurar o reajuste até agora estão estranguladas. Não há como, sozinhos, os municípios conseguirem dar mais subsídios para gratuidades. Há risco para empresas e para as cidades”, declarou Nogueira.
O diesel teve alta de 49% nos últimos 12 meses, segundo o economista e coordenador do Índice de Preços da Fundação Getúlio Vargas, André Braz, que estima que com os reajustes anunciados hoje pela Petrobras, o preço do óleo diesel aumentará 5%.
André explicou à CNN que o óleo diesel deve chegar a quase 55% de aumento. “Isso pressiona muito as prefeituras a liberar aumento nas passagens de ônibus. Então, o risco é esse: ter frete mais alto, encarecendo tudo o que é escoado para os grandes centros urbanos. Alimentos in natura, bens duráveis. O custo do transporte público pode subir, as prefeituras podem não conseguir segurar o reajuste”.
*Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque
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