Com a recuperação econômica, o número de trabalhadores aumentou consideravelmente, mas os salários ficaram reduzidos
De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do ano, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de ocupados no mercado de trabalho apresentou um crescimento no trimestre encerrado em outubro. Contudo, o nível de renda dos trabalhadores apresentou uma queda em comparação ao mesmo período de 2020.
Segundo o IBGE, a população ocupada atingiu o número de 94 milhões de pessoas, um aumento de 3,6% ou 3,3 milhões de brasileiros. Em relação ao trimestre anterior e ao mesmo intervalo de tempo de 2020, a alta é de 10,2% ou 8,7 milhões.
A diminuição na renda mensal foi de 4,6% em comparação ao trimestre anterior, com um valor médio de R$ 2.449. Já em relação a 2020, a queda foi mais acentuada ainda, uma redução de 11,1%.
A estimativa do IBGE é que o nível de ocupação esteja na faixa de 54,6%, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar. Este número representa uma elevação de 1,8 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de maio a julho de 2021. Neste período, a taxa de ocupação foi de 52,8%. Em relação a 2020, o crescimento foi mais acentuado, com 50%.
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Mesmo com o aumento de 4,1% no número de empregados com carteira de trabalho no setor privado, se comparado ao trimestre anterior, a taxa de informalidade ficou em 40,7% da população ocupada, ou 38,2 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, registrou 40,2% e, no mesmo trimestre de 2020, 38,4%.
Para a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a pesquisa mostra que se começa a perceber uma espécie de generalização do processo de recuperação dos contingentes populacionais e ocupados, mas o trabalhador informal tem menos salvaguardas para se manter fora do mercado. No entanto, embora essas pessoas tenham sido as mais afetadas logo no primeiro impacto da pandemia em 2020 por causa do isolamento social, foram as que retornaram mais rápido ao mercado. “A gente está diante de dois segmentos da ocupação que se recuperam, mas cada um em momentos e intensidade diferentes”.
*com informações da Agência Brasil
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