No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio atingiram um marco histórico
No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio atingiram um marco histórico, alcançando o valor recorde de US$ 82,80 bilhões. Esse número representa um crescimento de 4,5% em comparação ao primeiro semestre de 2022, que registrou US$ 79,24 bilhões em exportações.
O destaque para esse resultado é o aumento significativo no índice de quantum, que representa a quantidade de produtos exportados, com um crescimento de 8%. Por outro lado, o índice de preços registrou uma queda de 3,2% durante o mesmo período.
No mês de junho deste ano, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 15,54 bilhões, apresentando uma leve queda de 0,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, que registrou US$ 15,62 bilhões em exportações. No entanto, apesar dessa diminuição, diversos recordes foram observados em alguns setores do agronegócio, como soja em grãos, açúcar de cana em bruto, carnes bovina e de frango in natura, e celulose.
Uma análise realizada pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) revelou que essa redução nas exportações do agronegócio em junho pode ser explicada pela forte queda no índice de preços das exportações, que apresentou uma diminuição de 12,9% nesse período.
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Essa queda nos preços reduziu levemente o valor mensal em relação a junho de 2022, mesmo com o expressivo aumento no índice de quantum, que registrou uma alta de 14,2%. Em junho, as exportações do agronegócio representaram quase 52% do total da balança comercial, já que as exportações de outros produtos apresentaram uma redução superior, alcançando uma queda de 15,7%.
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Soja em Grãos
O setor de soja em grãos apresentou um volume exportado recorde para o mês de junho, com 13,77 milhões de toneladas, um aumento de 37,9% em relação a junho de 2022. O valor exportado também atingiu um recorde para o mês, chegando a US$ 6,89 milhões, o que representa um aumento de 9,3%.
No entanto, esse valor não foi mais expressivo devido à queda do preço médio de exportação, que registrou uma diminuição de 20,7%. Essa redução refletiu as condições de produção global da oleaginosa, com uma safra recorde no Brasil e boa produção nos Estados Unidos.
Açúcar
As exportações de açúcar em junho alcançaram um valor recorde de US$ 1,40 bilhão, o que representa um aumento de 51,3%. Houve um crescimento de 23,1% nos volumes exportados e de 22,9% nos preços médios de exportação.
Os preços internacionais do açúcar têm sido influenciados por uma disponibilidade mais restrita no mercado global e registraram crescimento desde novembro de 2022, atingindo o nível mais alto desde outubro de 2011, de acordo com o índice de preços da FAO.
Carne Bovina
A carne bovina in natura foi a principal carne exportada em junho, com um total de US$ 974,13 milhões, registrando uma queda de 6,4%. Houve um aumento de 26,4% nos volumes exportados, porém uma redução de 26,0% nos preços médios. A China foi o principal destino, sendo responsável por 70,2% das exportações em volumes, totalizando US$ 698,52 milhões e 135,37 mil toneladas, um aumento de 32,0%.
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Carne de Frango
As exportações de carne de frango in natura em junho totalizaram US$ 835,88 milhões, uma queda de 6,2%. Houve um aumento de 4,0% nos volumes exportados, mas uma queda de 9,8% nos preços médios. Os principais destinos foram a China, com US$ 155,88 milhões (aumento de 28,7% em relação ao ano anterior) e o Japão, com US$ 97,67 milhões (crescimento de 9,7%).
Celulose
As exportações de celulose em junho atingiram um volume recorde de 1,55 milhão de toneladas, o que representa um aumento de 6,3%. Em termos de valor, foram exportados US$ 652,31 milhões, um crescimento de 2,4%. Os principais destinos para a celulose são a China, Estados Unidos e União Europeia, que concentram 78,4% das exportações do produto.
De acordo com análises da SCRI, o crescimento nas exportações de soja em grãos foi o que mais contribuiu para a expansão nas vendas do agronegócio de janeiro a junho de 2023, com um aumento de US$ 2,88 bilhões em comparação ao ano anterior.
Outros dois produtos que apresentaram crescimento acima de US$ 1 bilhão foram o milho, com um aumento de US$ 1,58 bilhão, e o açúcar de cana em bruto, com um crescimento de US$ 1,20 bilhão. No entanto, é importante destacar a queda nas exportações de carne bovina in natura, com uma diminuição de US$ 1,26 bilhão, e café verde, com uma queda de US$ 1,04 bilhão.
A queda expressiva nas exportações de carne bovina in natura reflete, em parte, a suspensão ocorrida no início de 2023, além da redução nos preços médios de venda, que registraram uma diminuição de 25,3%. Quanto ao café, o menor volume embarcado está relacionado à baixa disponibilidade interna devido à colheita que ainda se encontra em fase inicial.
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