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STF retira sigilo de investigação sobre fraude em cartão de vacinação de Bolsonaro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a busca e apreensão na casa de Bolsonaro, mas o ministro Alexandre de Moraes decidiu autorizá-la a pedido da PF

A PF apontou indícios de associação criminosa, falsidade ideológica e corrupção de menores
A PF apontou indícios de associação criminosa, falsidade ideológica e corrupção de menores - Agência Brasil
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 03/05/2023, às 20h19

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo das investigações do inquérito que resultou na apreensão do aparelho celular do ex-presidente Jair Bolsonaro e na prisão do coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens na Presidência da República.

A Polícia Federal (PF) apurou que Cid articulou a emissão de cartões falsos de vacinação contra a covid-19 para sua família e para Bolsonaro e sua filha menor de idade. Seis pessoas foram presas e outras 16 foram alvo de busca e apreensão.

As investigações tiveram como base as quebras de sigilo telemático e telefônico de Cid no âmbito de outro inquérito que trata de uma live na qual Bolsonaro associou, sem provas, a vacina contra covid-19 à contaminação por Aids.

A PF teve acesso aos dados armazenados por Cid em serviços de nuvem do Google e da Apple, o que impulsionou as investigações. Foram anexadas imagens de conversas de Cid com diversos envolvidos.

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A PF apontou indícios de associação criminosa, falsidade ideológica e corrupção de menores

Além de Cid, também foram detidos o policial militar Max Guilherme, Sérgio Cordeiro, segurança de Bolsonaro, o sargento Luiz Marcos dos Reis, o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

Outras 16 pessoas foram alvo de busca e apreensão, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve o celular apreendido. O celular de sua esposa, Michelle Bolsonaro, não foi levado pelos policiais.

A PF apontou indícios de que os envolvidos teriam cometido crimes como o de associação criminosa, falsidade ideológica e corrupção de menores. A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a busca e apreensão na casa de Bolsonaro em Brasília, mas o ministro Alexandre de Moraes decidiu autorizá-la a pedido da PF.

Moraes escreveu em sua decisão que não há qualquer indicação nos autos que conceda credibilidade à versão de que o ajudante de ordens do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro pudesse ter comandado uma operação criminosa sem seu conhecimento e aquiescência.

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