A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a busca e apreensão na casa de Bolsonaro, mas o ministro Alexandre de Moraes decidiu autorizá-la a pedido da PF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo das investigações do inquérito que resultou na apreensão do aparelho celular do ex-presidente Jair Bolsonaro e na prisão do coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens na Presidência da República.
A Polícia Federal (PF) apurou que Cid articulou a emissão de cartões falsos de vacinação contra a covid-19 para sua família e para Bolsonaro e sua filha menor de idade. Seis pessoas foram presas e outras 16 foram alvo de busca e apreensão.
As investigações tiveram como base as quebras de sigilo telemático e telefônico de Cid no âmbito de outro inquérito que trata de uma live na qual Bolsonaro associou, sem provas, a vacina contra covid-19 à contaminação por Aids.
A PF teve acesso aos dados armazenados por Cid em serviços de nuvem do Google e da Apple, o que impulsionou as investigações. Foram anexadas imagens de conversas de Cid com diversos envolvidos.
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Além de Cid, também foram detidos o policial militar Max Guilherme, Sérgio Cordeiro, segurança de Bolsonaro, o sargento Luiz Marcos dos Reis, o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.
Outras 16 pessoas foram alvo de busca e apreensão, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve o celular apreendido. O celular de sua esposa, Michelle Bolsonaro, não foi levado pelos policiais.
A PF apontou indícios de que os envolvidos teriam cometido crimes como o de associação criminosa, falsidade ideológica e corrupção de menores. A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a busca e apreensão na casa de Bolsonaro em Brasília, mas o ministro Alexandre de Moraes decidiu autorizá-la a pedido da PF.
Moraes escreveu em sua decisão que não há qualquer indicação nos autos que conceda credibilidade à versão de que o ajudante de ordens do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro pudesse ter comandado uma operação criminosa sem seu conhecimento e aquiescência.
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