A decisão contemplou substâncias para quimioterapia oral de câncer de pulmão, de estômago, colorretal e gástrico. A medida amplia a sobrevida dos pacientes
Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 16/05/2022, às 20h19
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu três opções de quimioterapia oral no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Publicada no último dia 6, no Diário Oficial da União, a medida beneficia, principalmente, a questão da sobrevida dos pacientes.
A decisão contemplou as substâncias trifluridina + cloridrato de tipiracila, para câncer colorretal e gástrico metastático; Brigatinibe, para câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) localmente avançado ou metastático, positivo para quinase de linfoma anaplásico (ALK); e Venetoclax, combinado com obinutuzumabe, para pacientes adultos com leucemia linfocítica crônica (LLC) em primeira linha de tratamento.
A oncologista do Grupo Oncoclínicas, também chefe da Divisão de Pesquisa Clínica do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Andreia Melo, destacou à Agência Brasil que a inclusão traz novas opções de tratamentos para pacientes com tumores metastáticos (colorretal e gástrico). “No caso do câncer de pulmão, você tem a seleção por um biomarcador e tem uma resposta objetiva muito boa com o uso do tratamento e ganho de sobrevida”.
Na mesma decisão, a ANS aprovou a incorporação no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da substância Risanquizumabe, para tratamento da psoríase moderada a grave.
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A cobertura obrigatória do plano de saúde desses três novos regimes de quimioterapia oral é fundamental para que os oncologistas alcancem os melhores padrões de atendimento na prática clínica. “Priorizar essas opções de tratamento oral na cobertura dos pacientes com essas neoplasias é fundamental. É isso que acontece com o Rol da ANS”, lembra Andreia Melo.
O câncer colorretal é o nome dado ao tipo de tumor que acomete o intestino grosso (cólon), o reto (a extremidade do intestino, antes do ânus) e no ânus. Só em 2019, a doença matou mais de 20 mil pessoas no Brasil. É o terceiro tipo de câncer mais comum no país, com risco estimado de cerca de 19 novos casos por 100 mil pessoas, segundo o Inca.
O câncer de estômago, também conhecido como câncer gástrico, é o terceiro tipo mais comum em homens e o quinto em mulheres, com risco estimado de 12,81 casos por 100.000 homens e 7,34 casos por 100 mil mulheres.
Segundo o Inca, o câncer de pulmão é o segundo câncer mais comum no Brasil e o primeiro no mundo em termos de incidência e mortalidade. É responsável por cerca de 13% de todos os novos casos de câncer, com uma incidência global de 1,8 milhão de novos casos. O cigarro é o fator de risco mais importante.
Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque
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