A PEC Emergencial criou mecanismos de controle fiscal para o governo federal diminuir os gastos nos próximos anos
Na última terça-feira (16), a Câmara dos Deputados promulgou a PEC Emergencial 186/2019 (Proposta de Emenda à Constituição), cujo objetivo é diminuir os gastos públicos federais para evitar um colapso fiscal . Uma das características da PEC é restringir as contratações de funcionários, aumento ou congelamento de salários quando as despesas do governo atingirem 95% do orçamento ou quando o país entrar em estado de calamidade pública. Vale destacar que o documento já está em vigor.
Como a diminuição dos investimentos em órgãos estatais, contratações de novos servidores por meio de concursos, aumento de salários e progressão na carreira podem ser afetados com a PEC Emergencial?
A equipe do JC Concursos aponta o que vai mudar na prática com a aprovação da PEC Emergencial na vida dos servidores públicos.
Quando o governo federal tiver despesas acima de 95% das receitas, ele fica proibido de adotar as seguintes medidas:
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Apesar da PEC Emergencial ter abrangência apenas em órgãos federais, ela pode interferir nas relações trabalhistas de servidores das esferas municipais e estaduais. Embora não seja obrigatório os estados e prefeituras aderirem, caso eles não se adequem ao modelo de contenção de gastos de até 85% das receitas, a União pode negar empréstimos, renegociação de pagamentos e nem contrair novas dívidas com órgãos federais.
Há uma estimativa no Ministério da Economia de que se o governo federal continuar com o ritmo de gastos atual, a União chegará a relação de 95% dos gastos com a receita em 2024. Caso a estimativa esteja correta, o gatilho da PEC Emergencial é acionado automaticamente.
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