Pesquisa realizada pela FDA (Food and Drug Administration) apontou que o teplizumabe pode funcionar como um remédio para prevenção de diabetes. Saiba mais
A FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora da saúde nos Estados Unidos, aprovou um remédio para prevenção de diabetes. A terapia inédita age prevenindo e retardando o surgimento do diabetes tipo 1. O medicamento, chamado teplizumabe, é destinado às pessoas que possuem maior risco de desenvolver a doença.
O diabetes tipo 1 ocorre quando o sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem a insulina, hormônio responsável por reduzir a glicemia e promover a entrada da glicose no sangue. Com a queda da insulina, os níveis de glicose no sangue sobem. Os sintomas da doença incluem sede excessiva, micção frequente, fome, cansaço e visão turva.
O estudo realizado com o teplizumabe envolveu 76 pacientes com níveis de glicose altos, em fase de pré-diabetes. Os componentes do estudo, com idades entre 8 e 18 anos, também continham anticorpos contra as células do pâncreas detectáveis no sangue e, em alguns casos, histórico de diabetes na família.
O resultado apontou que 73% daqueles que não receberam o teplizumabe tiveram diabetes tipo 1 após o período de três anos em que foram acompanhados. Já dos voluntários que receberam o teplizumabe, 43% apresentaram a doença após esse mesmo período. Além disso, a doença foi adiada por, pelo menos, dois anos.
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O teplizumab é administrado por via intravenosa e deve ser aplicado uma vez por dia durante duas semanas. Ele impede parcialmente que o sistema imunológico aumente o ataque às células produtoras de insulina. Atualmente não há projeções para a aprovação e comercialização da terapia no Brasil, mas abre um caminho para a prevenção.
Ainda não se pode afirmar que a doença é totalmente evitável nesses grupos de alto risco. Apesar disso, o início do diabetes pode ser significativamente retardado. Isso é especialmente importante para os menores, já que para as crianças de 9, 10 anos de idade, o uso diário de insulina é mais complicado.
Como imunossupressor, o tepulizumabe apresenta efeitos colaterais que exigem observação aguçada, como diminuição transitória de glóbulos brancos no sangue, manchas na pele e maior suscetibilidade a infecções. Além disso, as pessoas que recebem o medicamento não podem receber vírus vivos ou vacinas de RNA por um curto período de tempo.
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