SUS vai realizar transplantes complexos no país; veja como é feito o procedimento

De acordo com o Ministério da Saúde, o transplante é um procedimento cirúrgico que pretende substituir um órgão ou tecido doente por um outro sadio de um doador vivo ou morto. No entanto, para realizar o procedimento, o órgão precisa estar em plenas funções vitais, possível quando há morte cerebral do indivíduo ou quando o órgão ou tecido doado por pessoa viva não interfere na sua sobrevivência.

Os principais órgãos transplantados são: coração, pulmão, rim, pâncreas, intestino e fígado. Já entre os principais tecidos doados estão: medula óssea, ossos, córneas, válvulas, músculos, tendões, pele, veias e artérias. Para ser doador em vida, é necessário ter maioridade e capacidade de responder juridicamente.

Já os pacientes não vivos são aqueles que tiveram morte encefálica ou morte do sistema nervoso central, mais conhecida como morte cerebral. Este tipo de morte interrompe a irrigação de sangue no cérebro e é irreversível, tendo a morte do paciente definitiva. Assim, enquanto o coração possuir oxigênio, ele permanece batendo, portanto, irrigando os demais órgãos, possibilitando a sobrevida destes.

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Como vai funcionar o novo centro de transplante complexo no SUS

O Brasil já possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é fornecido a toda população do país por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS custeia cerca de 95% de todos os transplantes realizados no Brasil. Agora, vai receber o Centro Nacional de Transplantes Complexos (CNTc), primeiro dessa magnitude no país.

Este centro vai ser a referência no país na realização de transplantes complexos. Foi escolhido para sua instalação o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho que já possui grande importância no Brasil na realização de procedimentos de alta complexidade, além de ser atuante na formação de profissionais e no desenvolvimento de pesquisas.

Serão realizadas no CNTc procedimentos complexos como:

• transplantes combinados (indicado para pacientes em fase terminal de doenças concomitantes);
• transplantes contra barreiras imunológicas;
• e reabilitação intestinal, com o transplante intestinal e multivisceral.

Segundo informações da Agência Brasil, no ano passado existiam aproximadamente 53,2 mil pessoas à espera por um transplante de órgão ou tecido. O maior número de espera corresponde aos receptores de rins, com 31 mil aguardando o órgão. A córnea fica em segundo lugar no ranking do mais aguardado, com 19 mil pacientes à espera

A pessoa que deseja doar os órgãos caso tenha morte encefálica, precisa comunicar à família, pois, de acordo com a lei, é ela quem vai dar o aval para a retirada e doação dos órgãos. No ano passado, 2,8 mil famílias tiveram que optar pela doação ou não dos órgãos de seus entes e, desse total, 62% optaram pela doação.

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