Superávit alcançou R$ 101,8 bilhões, enquanto a Dívida Pública do Brasil teve recuo em quase 1%; Confira o que contribui para o superávit. Entenda
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br Publicado em 26/02/2022, às 20h54
Em janeiro, a Dívida Pública do Brasil recuou quase 1% e o superávit chegou a alcançar R$ 101,8 bilhões — o maior da série histórica —, equivalente a 1,23% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira (25). No mesmo período no ano passado, o superávit primário chegou a R$58,4 bilhões. Os dados estão no relatório de estatísticas fiscais do BC.
Segundo o BC, em janeiro, o superávit primário do setor público chegou a R$ 77,4 bilhões para o Governo Central, que compreende a Previdência, o Banco Central e o Tesouro Nacional. Já obteve R$ 20 bilhões para estados e municípios e R$ 4,4 bilhões para as empresas estatais. Para chegar até o superávit primário, é levado em consideração o resultado primário que é formado pelas receitas sem contar os gastos com juros e o pagamento de juros da dívida pública, o que acontece quando as receitas superam as despesas.
Com o recuo da Dívida Pública do Brasil em quase 1%, o principal fator para o país alcançar o superávit de R$ 101,8 bilhões foram os juros. No caso, os juros nominais do setor público consolidado atingiram R$ 17,8 bilhões em janeiro, em comparação aos R$ 40,4 bilhões no mesmo período. Segundo o BC, o resultado das operações de swap cambial — venda de dólares no mercado futuro — contribuíram para esta redução, já que os resultados dessas operações ajudaram no pagamento dos juros da dívida pública.
Você concorda com o valor de R$ 4,9 Bilhões, aprovado pelo Congresso Nacional, reservados para o Fundo Eleitoral?
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Esses tipos de operações conseguiram resultar em um ganho de R$ 31,9 bilhões em janeiro deste ano, com a perda de R$ 16,3 no mesmo período para o ano anterior. Levando em consideração os últimos dozes meses, os juros nominais conseguiram alcançar R$ 425,7 bilhões em janeiro, em comparação aos últimos doze meses até janeiro de 2021, que ficou em R$ 315,7 bilhões.
A previsão do Tesouro Nacional é de que a Dívida continuará subindo, levando em consideração o Plano Anual de Financiamento (PAF), que foi apresentado também em janeiro. A previsão é de que o déficit encerre 2022 entre R$ 6 e R$ 6,4 trilhões.
Neste sentido, a Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 0,33%, passando de R$ 5,349 trilhões em dezembro para R$ 5,367 trilhões em janeiro. O Tesouro também resgatou no mesmo período, o montante de R$ 24,35 bilhões em títulos a mais do que emitiu, principalmente em papéis prefixados (com juros definidos com antecedência).
É por meio do déficit das contas públicas, que o Tesouro Nacional emite títulos públicos para conseguir dinheiro com investidores e honrar os compromissos financeiros.
Em contrapartida, há o comprometimento de devolver ao longo de alguns anos, os recursos com algum rendimento. Nesses casos, a correção usada para as operações pode seguir a taxa Selic, quando o juros é o básico da economia, a inflação, o câmbio ou ser prefixada com antecedência.
* Com Agência Brasil
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